Combate Noturno

[FCarvalho]

UMA ANÁLISE DAS FORMAS DE MANOBRAS OFENSIVAS DO BATALHÃO DE INFANTARIA MOTORIZADO NO ATAQUE NOTURNO
Autor:
CAP INF LUÍS FERNANDO DOS SANTOS JÚNIOR

https://bdex.eb.mil.br/jspui/bitstream/ ... r_Esao.pdf

[FCarvalho]

Autor:
CAP INF MARCELO VENDRAMINI DE CARVALHO

O ASSALTO AEROMÓVEL COM A UTILIZAÇÃO DO ÓCULOS DE VISÃO NOTURNA COMPARADO COM O ASSALTO AEROMÓVEL DIURNO REALIZADO PELO BATALHÃO DE INFANTARIA LEVE (Amv)



https://bdex.eb.mil.br/jspui/bitstream/ ... i_Esao.pdf

[FCarvalho]

EXÉRCITO BRASILEIRO - EB
ESTADO-MAIOR DO EXÉRCITO - EME

Manual de Fundamentos

OPERAÇÕES

4a Edição - 2014

http://www.esao.eb.mil.br/images/Arquiv ... mentos.pdf

[FCarvalho]

EXÉRCITO BRASILEIRO
COMANDO DE OPERAÇÕES TERRESTRES

Manual de Campanha

OPERAÇÕES

5a Edição - 2017

https://bdex.eb.mil.br/jspui/bitstream/ ... A7%C3%B5es

[FCarvalho]

Autor:
CAP INF JOÃO SILVESTRE SAMPAIO DE CASTRO

UMA ANÁLISE DO BATALHÃO DE INFANTARIA NO ATAQUE NOTURNO OU SOB CONDIÇÕES DE VISIBILIDADE LIMITADA

https://bdex.eb.mil.br/jspui/bitstream/ ... e_Esao.pdf

[FCarvalho]

Ações de reconhecimento em ambientes de baixa visibilidade
– A obtenção de dados para a execução de ataques noturnos pelo uso de equipamentos de visão noturna de última geração.

Autores: Marcelo Franco Patané Júnior, Valdiney Geraldo de Oliveira, William Fernando de Oliveira Peña Gutierrez, Ivan Camargo Pinheiro, José Renato Lima de Carvalho, Josué Terra Siebra de Sousa

www.ebrevistas.eb.mil.br

[Alfa BR]

Treinamento noturno realizado pelo Exército Britânico

[Alfa BR]

Autor:
CAP INF MARCELO VENDRAMINI DE CARVALHO

O ASSALTO AEROMÓVEL COM A UTILIZAÇÃO DO ÓCULOS DE VISÃO NOTURNA COMPARADO COM O ASSALTO AEROMÓVEL DIURNO REALIZADO PELO BATALHÃO DE INFANTARIA LEVE (Amv)



https://bdex.eb.mil.br/jspui/bitstream/ ... i_Esao.pdf

Será que tem isso?

[FCarvalho]

Olá AlfaBR

Acredito que pelo menos uma SU de cada Btl das FAR E deva ter essa dotação completa. Ao menos para manter a doutrina como o exército costuma dizer.
No caso das OM que não fazem parte dessa força acho muito difícil sequer haver material como o descrito.
Gostaria muito de saber se a portaria acima ainda é válida ou se foi substituída por outra mais moderna.

abs

[FCarvalho]

No site da AEL Sistemas, consta os seguintes itens que se referem aos sistemas de visão noturna/diurna para infantaria.

Atris - Sistema de Observação Remotamente Controlado.
Coyote XACT - Mira com Imageador Termal para Armamento
Família Coral - Imageadores Portáveis Termais
Mars - Mira Laser Reflex Multipropósito
XACT nv - Sistema de Visão Noturna Portátil

http://www.ael.com.br/eletro-opticos.html

Estes são equipamentos individuais que são vendidos pela empresa, podendo ser adquiridos nas quantidades que o orçamento do cliente permitir.

Pode-se ver que a empresa oferece sistemas que atendem em parte os requisitos dispostos no documento exposto acima pelo colega AlfaBR.

O que não se sabe é se o EB está comprando, ou se chegou a comprar, algum desses equipamentos, e quais as quantidades.

abs

[FCarvalho]

As novas tecnologias de visão noturna, suas aplicabilidades para o Combatente Brasileiro do Futuro e seus reflexos sobre a Doutrina Militar Terrestre

https://docplayer.com.br/49424577-As-no ... estre.html

[Henrique Brito]

Usar OVN é top. No início parece que mais atrapalha do que ajuda, mas é só uma questão de costume.

Depois você usa e nem percebe mais que está usando, e quando tira, percebe o breu que está.

Atirar de OVN então é top, dá pra ver claramente a trajetória das munições.

[Alfa BR]

Autor:
CAP INF JOÃO SILVESTRE SAMPAIO DE CASTRO

UMA ANÁLISE DO BATALHÃO DE INFANTARIA NO ATAQUE NOTURNO OU SOB CONDIÇÕES DE VISIBILIDADE LIMITADA

https://bdex.eb.mil.br/jspui/bitstream/ ... e_Esao.pdf

Tirado desse trabalho:

No ano de 2018 foi realizada uma pesquisa com 90 oficiais capitães da arma de Infantaria que estavam cursando a Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais (EsAO) do Exército Brasileiro como parte de um trabalho acadêmico feito por um oficial aluno da mesma escola.

Os oficiais abordados responderam a um questionário em que foram perguntados:

- Se durante a carreira militar haviam realizado adestramento com aparelhos optrônicos de visão noturna na tropa;

- Se haviam realizado adestramentos quando eram Comandantes de Pelotão/Companhia voltados para o ataque noturno;

- Se consideravam que durante a carreira, observando os Batalhões de Infantaria que serviram, o assunto ATAQUE NOTURNO era explorado com a mesma importância que o ATAQUE DIURNO.

As respostas deveriam ser SIM ou NÃO.

Resultados do questionário:

- Dos 90 (noventa) militares que responderam o questionário, 68 (sessenta e oito) militares não tiveram contato algum com qualquer
tipo de aparelho optrônico de visão noturna.



- Dos 90 (noventa) militares questionados, 74 (setenta e quatro) militares responderam que não realizaram adestramento com pelotão ou companhia voltados para o ataque noturno.



- Dos 90(noventa) militares questionados, 84(oitenta e quatro) militares responderam que nos Batalhões de Infantaria que serviram, durante a carreira militar, observaram que o assunto ATAQUE NOTURNO não foi explorado com a mesma importância que um ATAQUE DIURNO.



Os capitães também foram perguntados sobre quais Batalhões de infantaria haviam servido.Foram obtidas várias respostas de diferentes Batalhões de Infantaria de todo Brasil, como por exemplo: 47º BI, 19º BC, 35º BI, 62º BI, 72º BI Mtz, 16º BI Mtz, 1º BI Mtz, 2º BI Mtz, 57º BI Mtz, 51º BIS, 52º BIS, 31º BI Mtz, 25º BI Pqdt, 33º BI Mec, 1º BIS, 19º BI Mtz e muitos outros espalhados por todo território nacional, de diferentes Brigadas e Regiões Militares.

[FCarvalho]

É no mínimo vexatória a situação do EB em termos operacionais, apesar de toda a propaganda em torno da força. Se estes capitães são recentes, os valores demonstrados nesta parte da pesquisa apontam para algumas situações questionáveis e muito sérias em termos de prontidão da força terrestre.

Independente do projeto COBRA estar atrasado em sua implementação - o que em tese elevaria o grau de recursos para o combate noturno da tropa - nada justifica que a essa altura do séc XXI combate noturno seja não mais que tratado como uma curiosidade nas OM de infantaria, e diria até não somente estas. Aliás, creio que a palavra certa é indiferença.

É claro que considerando a ausência de meios materiais próprios para a execução deste tipo de ação na imensa maioria das OM de infantaria, fica muito mais difícil adaptar e desenvolver tática e técnicas no âmbito prático destas OM, mas isto não desculpa o fato mostrado acima, e que merece análise mais aprofundada, de que o combate noturno não seja sequer tratado da mesma forma que o diurno, independente das limitações existentes. No mínimo estudar o assunto em teoria seria necessário. Mas aparentemente nem isso.

Vale ressaltar que apenas parte de OM tidas como "pronto emprego" e/ou operações especiais no EB possuem alguma expertise e material adequado para dispor de atividades recorrentes de combate noturno. De qualquer forma, independente deste fato, é preciso dizer que a aquisição e operação de atividades de combate noturno indica que deve haver um corpo de pessoal na tropa sempre preparado e adestrado suficientemente para repassar experiência e formação para novas tropas. O que deveria acontecer em todos os btl inf do exército com a simples aquisição do material necessário e a formação de pessoal qualificado ainda que independente do COBRA.

Eu particularmente sou um crítico severo da atenção dada pelos militares as ditas missões subsidiárias, que cada vez mais não apenas tornam-se mais e mais primárias, como retiram e/ou desviam recursos na Defesa para as atividades-fim do ministério, e por óbvio das forças miliares. E isso vem sendo reforçado a cada ano com o aumento do emprego indiferente das tropas em ações que nada tem a ver com sua destinação primária.

Enquanto um tenente ou capitão em sua tropa de origem gasta a maior parte do seu tempo com atividades burocráticas e/ou que constituem desvio de função - GLO, ACISO, MMI, e outras - o exército continua sendo usado e adestrado naquilo que ele mesmo sempre deplorou em termos de uso político da instituição. O que não é diferente em relação as demais forças militares.

Agora, eu pergunto: quão caro deve ser um simples óculos/aparelhos de visão noturna, e outros sistema que podem ser agregados a tropa em nível btl ou subunidade, que não possa ser adquirido às dezenas, talvez centenas, a cada ano a fim de assegurar mínima capacidade de realizar operações noturnas nas unidades de combate do EB? Até onde sei este tipo de material encontra no mercado interno e externo quantidades enormes de modelos, acessórios e empresas dispostas a oferecer seus produtos a quem interessar. Empresas estas que inclusive oferecem contratos de CLS e suporte treinamento de acordo com o comprador. E ainda pelo que me consta, quase nada do que se produz hoje em termos de material de emprego de visão noturna constitui uma panacéia tecnológica, seja para uso, treinamento e/ou manutenção em nível de infantaria, para ser mais específico.

Me parece, novamente, que a questão de fundo que temos aqui é a eterna veleidade de tratamento da relação operacional x burocracia/teoria que existe no EB desde sempre.

É como diz aquela frase famosa: "um exército pode passar cem anos sem ir á guerra, mas não pode ficar um minuto sem preparar-se para ela."

Por esta e outras muitas situações esdruxulas que vemos aqui testamentadas uma enormidade de vezes é que me parece que o EB de tão mal acostumado está à situação "pacífica" de nossas relações com todos, que operacionalidade acaba quase sempre soando como algo estranho quando falamos de Defesa nas forças armadas. Por quanto tempo vamos continuar assim, bem, veremos o que o futuro nos reserva.

[FCarvalho]

Apresentando em percentagem é possível verificar melhor a gravidade do apontado na pesquisa acima.

75,5% não tiveram contato com qualquer tipo de aparelho optrônico de visão noturna;
82,2% não realizaram adestramento com pelotão ou companhia voltados para o ataque noturno;
94,4% durante a carreira militar observaram que o assunto ATAQUE NOTURNO não foi explorado com a mesma importância que um ATAQUE DIURNO nos Batalhões de Infantaria que serviram.

É possível verificar, e subentender, que a imensa maioria dos oficiais em preparação/aperfeiçoamento na ESAO, nossos futuros generais e cmtes do EB, jamais tiveram contato ou experiência prática/teórica em relação a uma temática que é, no campo internacional das práticas militares, considerada mais do que natural há cerca de 40 anos, pelo menos.

Se transferirmos esta mesma pesquisa para a análise do contato dos militares com sistemas de mísseis e ou C4I modernos (qualquer um), o resultado seria (muito)diferente?

Que tipo de exército estamos preparando para o futuro - se é que estamos mesmo - quando depois de uma década servindo à instituição quase a totalidade dos oficiais combatentes (infantaria) não tem ou teve contato nenhum com sistema que hoje são considerados básicos?

São coisas assim que me fazem questionar o fato dos militares viverem a reclamar da falta de verbas para seus projetos e operações, mas ao mesmo tempo serem mais do que solícitos com os desvios de função engendrados pelo poder público a troco de caixa ano após ano.

Quanto custa deixar o pouco que temos realmente apto a responder a uma agressão bélica de verdade contra o país ao invés de esmerar-se em fazer papel de polícia do Brasil?