Como eu disse Morcego, um Nae para a marinha só se justifica se ele for pelo menos 3 unidades, no caso de virmos a possuir 2 bases navais.Morcego escreveu: ↑Qua Dez 09, 2020 6:09 pm Acho que estamos ampliando muito a coisa toda.
vamos la, uma coisa é o que deveria acontecer e outra o que vai acontecer.
Pelos planos da MB, o Nae-SP não iria passar o resto da vida parado e hoje mesmo estaria operando até que um novo PA fosse construído ou comprado..... era o que se dizia baseado na tal END. Resultado prático??? Não conseguimos nem vender o casco pra desmonte nem fazer dele um museu.
Então, vamos la, o que vai acontecer é que vai ficar ai o PHM Atlântico e os Skyhawk fazendo a alegria dos almirantes quando se reúnem com seus pares argentinos ou chilenos..........; e não teremos nem PA, nem Gripen Naval, ou F-18 ou F-35 ou nada.
Mas, tomemos que por um acaso da existências milhares de chimpanzés extraterrestres desçam no RJ, mais precisamente no AMRJ e façam um processo de abdução reversa pelada ou qualquer coisa que MUDE a cabeça até mesmo do povo brasileiro, e ai, a MB tenha a sua disposição para construir ou comprar 1 BENDITO PORTA AVIÕES e seus AVIÕES......... isso acontecendo, o investimento no desenvolvimento da industria aeronáutica brasileira justifica que aqui façamos o Gripen Naval?
Sim, eu acho que justifica, 150 Gripen NG pra FAB e uns 50 pra MB, seria um investimento alto, mas, a palavra é essa mesmo, INVESTIMENTO.
Neste contexto, tomando como exemplo o modelo russo que mostrei acima, ele tem capacidade standart, digamos assim, para embarcar entre 24 e 28 caças a bordo. O seu GAE pode ser de até 46 aeronaves.
Bem, 3 x 24/28 = 76/84 caças embarcados. Este número é apenas relativo aos caças que fariam parte do GAE se todos os Nae fossem ao mar ao mesmo tempo. Ou seja, demanda mínima.
Em aviação, para você saber quanto realmente precisa para organizar um esquadrão de caças, a "fórmula" é simples. números de caças x 1,5 = demanda real.
ilustrando: 76 x 1,5 = 114 ou 84 x 1,5 = 126
Então, se um dia viermos a ter Nae e eles forem produzidos na quantidade mínima necessária para equiparmos duas bases navais, teríamos uma demanda produtiva entre 114 a 126 caças Gripen M.
Isto justificaria o investimento na indústria nacional e o seu desenvolvimento? Na minha opinião sim.
Mas o almirantado sabe, e a maioria de nós aqui também, que nem nos mais ululantes sonhos da MB o poder político se daria ao trabalho de investir bilhões do erário a fim de dispor à marinha tal capacidade, tanto em navios como caças.
No PAEMB a marinha solicitou 2 Nae e 48 caças. Ou seja, um esquadrão de caça naval teria meras 12 unidades.
Se olharmos acima, a conta não bate claramente com o que a MB solicitou em seus planejamentos anteriores. Mas, todos no almirantado sabem que os números que aludi acima seriam a referência concreta para uma frota de Nae realmente efetiva e operacional, e não somente para representação.
Notar que embarcar 24/28 caças em um Nae é bem interessante tendo em vista outros navios do tipo que costumeiramente navegam por nossas águas. E se levarmos em conta que tirando os americanos, ingleses e franceses, ninguém mais envia Nae para o Atlântico Sul. Até a China dispor de todos os 6 navios que diz-se eles pretendem construir.
Hoje pensar em um Nae para a MB não passa de uma quimera, Mas daqui a vinte anos, talvez ter nossos próprios Nae seja não somente uma necessidade, mas um imperativo operacional e estratégico, se quisermos mesmo fazer valer de verdade aquele apontamento de zona estratégica do novo PEM 2040.
Do contrário, podemos ficar aqui quietos e nos resolvermos com uma boa guarda costeira. Afinal, os pesqueiros chineses vem aí.