Projetos Estratégicos da Marinha do Brasil
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Projetos Estratégicos da Marinha do Brasil
Mais um vídeo, agora da CREDN com exposição da MB sobre seus projetos estratégicos.
Notar a plateia escassa e pouco interessada nos assuntos, denunciando o pouco caso que a classe política faz com os assuntos relativos a defesa.
De resto, boa sorte em todos os programas da MB, porque no que depender de Brasília, estamos ferrados e mau pagos... como sempre.
abs
Notar a plateia escassa e pouco interessada nos assuntos, denunciando o pouco caso que a classe política faz com os assuntos relativos a defesa.
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Re: Projetos Estratégicos da Marinha do Brasil
Artigo: https://www.defesaaereanaval.com.br/nav ... -realidade
MANSUP: A Construção de um míssil do “impossível” à realidade
Guilherme Wiltgen
Após anos de investimento em pesquisa, a Marinha do Brasil desenvolve, desde 2011, o Míssil Antinavio Nacional de Superfície (Mansup) com tecnologia exclusivamente brasileira. Após as etapas do projeto e execução, o armamento encontra-se em fase de testes, para que possa ser utilizado na Força Naval e comercializado para outros países. A construção é resultado de uma parceria feita com empresas nacionais e, até o momento, já foram feitos três lançamentos, todos para avaliar o funcionamento do dispositivo, coletar dados e efetuar melhorias.
O INÍCIO
Durante as décadas de 70, 80 e 90 o mundo vivia um cenário de reinvenção social, política e econômica. A imprensa, mesmo com limitações tecnológicas, fazia uso de ferramentas para apresentar o que estava acontecendo nas principais cidades americanas e europeias. O cinema hollywoodiano, por exemplo, apresentava flmes como Rambo e Top Gun que destacavam o poderio bélico das grandes potências.
Paralelo a esse cenário, apresentado pelo mercado do entretenimento, no mundo real a França, também nos anos 70, fabricava e vendia o míssil antinavio Exocet para as marinhas americana, brasileira e argentina. Contudo, foi em 1982 que o armamento ganhou notoriedade internacional ao ser usado pela Argentina contra o Reino Unido, durante a Guerra das Malvinas. No Brasil, o Exocet MM38 chegou com duas Fragatas que vieram da Inglaterra. Ao longo do tempo, os navios foram modernizados e passaram a atuar com o míssil Exocet MM40.
Na virada para o século XXI, o consórcio de empresas francesas, italianas e britânicas desenvolveu um novo míssil antinavio. Os Exocet MM40 B1 e B2 deixaram de ser fabricados. A França começou a comercializar o míssil MM40 BL3, para lançamentos terrestres ou navais, que era equipado com um sistema de navegação via GPS e possibilitava manobras em relação ao alvo. Diante de toda transformação tecnológica vivida no mercado bélico e dos altos custos que tais mudanças trariam, a Marinha do Brasil resolveu iniciar a pesquisa de desenvolvimento do Míssil Antinavio Nacional de Superfície (Mansup).
O PROJETO
Em 2011, a Marinha, em parceria com a empresa Avibras Aerospacial, iniciou o processo de desenvolvimento de um novo motor-foguete para a versão MM40 do Exocet. Já no ano seguinte, foram feitos os protótipos do motor e os testes realizados com sucesso, recertificando os mísseis e concretizando uma das fases de início para a construção nacional do Mansup. Para tal, foram contratadas as empresas Avibras, Omnisys e a Mectron; além da empresa SIATT (Sistemas Integrados de Alto Teor Tecnológico), responsável pelos sistemas de guiagem, navegação, controle e telemetria, e a Fundação Atech, atual Ezute, para fazer o gerenciamento complementar do projeto.
TESTES
O primeiro teste realizado com o Mansup ocorreu em 26 de novembro de 2018, a 300 quilômetros da costa, na região de Cabo Frio (RJ). Na ocasião, foi possível avaliar a estabilidade do voo do míssil sobre o mar, uma vez que do momento do lançamento até a estabilização, por mais rápido que possa ser para o olho humano, é possível testar diferentes variáveis.
Com isso, os dados coletados a partir da telemetria foram mensurados, estudados e usados no aprimoramento do armamento, possibilitando a realização do segundo lançamento-teste, em 20 de março de 2019. Uma das fase importantes dessa etapa foi a análise da passagem de controle da plataforma inercial (que informa ângulos e aceleração) para o radar que atua na guiagem do míssil. Também ocorreu a validação da aquisição do alvo, o levantamento de dados sobre a guiagem durante o percurso, o funcionamento do radar, o emprego da malha de controle (responsável pelas manobras e correções) e a autodestruição do míssil.
INDEPENDÊNCIA E ECONOMICIDADE
De acordo com o gerente executivo de mísseis da Marinha , Capitão de Mar e Guerra Walter de Pereira de Menezes, são vários os benefícios para o País em decorrência da execução do projeto do Mansup. “Primeiramente, não ficaremos na dependência de outro país vender ou não esse armamento para o Brasil. O preço de construir um míssil nacional é muito inferior ao que investiríamos para adquiri-lo em outro país. O governo brasileiro também terá o controle da comercialização do Mansup e definirá para quem vender. A indústria de Defesa Brasileira atingirá, com o feito, um patamar de pouquíssimas marinhas no mundo”, afirmou.
SOBRE O MANSUP
O Mansup possui as mesmas características físicas e táticas do Exocet MM40, para poder ser empregado nos navios originariamente equipados com o armamento. Tem o alcance de aproximadamente 70 km, pesa cerca de uma tonelada e seu voo, a 1.000 km/h, é realizado a uma altura de dois a 15 metros sobre a superfície do mar, para dificultar a identificação do míssil pelo radar do navio alvo.
Para chegar à velocidade máxima, leva apenas quatro segundos. Antes de ser feito o disparo, o navio envia para o míssil os dados necessários para que ele se situe em relação à posição do alvo. Após o lançamento, o míssil é guiado por meio do sistema de navegação inercial e, ao se aproximar do meio a ser atingido, aciona o radar que o identifica e localiza com mais precisão.
FONTE: MB
FOTOS: Ilustrativas
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Re: Projetos Estratégicos da Marinha do Brasil
O preço do desenvolvimento sempre será menor do que o da omissão.
abs
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Re: Projetos Estratégicos da Marinha do Brasil
FCarvalho escreveu: Ter Jan 28, 2020 9:22 pm O preço do desenvolvimento sempre será menor do que o da omissão.
abs
BZ. Sensacional sua definição da importância do desenvolvimento do MANSUP. Alguns entusiastas e ignorantes não conseguem enxergar o que representa este míssil em termos de tecnologia e de Defesa para o Brasil.
Sds
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Re: Projetos Estratégicos da Marinha do Brasil
A MB tem um ou vários GT trabalhando em cima da formatação e organização dos sistemas do SIGAAZ. O problema é que ele, assim como o SISDABRA e o SISFRONT são algo complexo de se fazer, e mais ainda de por em prática, devido aos altos custos dos componentes necessários a sua concretude.
Pelo que me lembro, ano que vem o projeto entra em fase final de definição, indo ao passo seguinte que é a definição dos componentes e arquitetura de sistemas necessários.
Isto feito, poderemos identificar e definir os requisitos dos RFI/RFP para todos os componentes do sistema e fazer a emissão destes docs a fim de selecionar fornecedores, definir custos, orçamento necessário para implantação, e obviamente, um cronograma de implantação.
Não espere que ele seja rápido. Se tomarmos como medida os muitos perrengues por quais passa o exército na implantação do SISFRONT, vamos ter muita sorte de o SIGAAZ chegar ao final desta década em pleno funcionamento.
abs
Pelo que me lembro, ano que vem o projeto entra em fase final de definição, indo ao passo seguinte que é a definição dos componentes e arquitetura de sistemas necessários.
Isto feito, poderemos identificar e definir os requisitos dos RFI/RFP para todos os componentes do sistema e fazer a emissão destes docs a fim de selecionar fornecedores, definir custos, orçamento necessário para implantação, e obviamente, um cronograma de implantação.
Não espere que ele seja rápido. Se tomarmos como medida os muitos perrengues por quais passa o exército na implantação do SISFRONT, vamos ter muita sorte de o SIGAAZ chegar ao final desta década em pleno funcionamento.
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Re: Projetos Estratégicos da Marinha do Brasil
www.finep.gov.br/images/noticias/2023/2 ... presas.pdf
DGS industrial Ltda
Guiamento, controle e navegação com aplicação
em mísseis, foguetes e veículos não tripulados
terrestres/aéreos/navais
Veículo de Superfície Não Tripulado Multipropósito
envolvimento do ipqm
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Catapultam habeo. Nisi pecuniam omnem mihi dabis, ad caput tuum saxum immane mittam.
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