USAF T-X

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

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Viktor Reznov
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Re: USAF T-X

#151 Mensagem por Viktor Reznov » Dom Jul 19, 2020 11:58 pm

Interessante também lembrar que só os pedidos do FA-50, versão de combate do T-50, na força aérea da República da Córeia já bastam pra cobrir os custos de desenvolvimento do T-50. O que vier depois é lucro, mas eu particularmente gostaria de ver ele sendo mais bem sucedido do que o T-7A no mercado internacional.




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Re: USAF T-X

#152 Mensagem por FIGHTERCOM » Seg Jul 20, 2020 8:38 am

FCarvalho escreveu: Dom Jul 19, 2020 8:08 pm
Acho que até mesmo a FAB se veria tentada a olhar para ele com mais carinho.
Sinceramente? Espero que isso nunca aconteça! Acabaríamos ficando com duas "soluções" subaproveitadas. Melhor investir em UCAVs.


Abraços,

Wesley




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Túlio
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Re: USAF T-X

#153 Mensagem por Túlio » Seg Jul 20, 2020 1:47 pm

Viktor Reznov escreveu: Dom Jul 19, 2020 11:58 pm Interessante também lembrar que só os pedidos do FA-50, versão de combate do T-50, na força aérea da República da Córeia já bastam pra cobrir os custos de desenvolvimento do T-50. O que vier depois é lucro, mas eu particularmente gostaria de ver ele sendo mais bem sucedido do que o T-7A no mercado internacional.
Não sei de onde tiraste isso, cupincha véio: precisaria custar o mesmo que, no mínimo, um F-16 para tanto, e aí não venderia. Ou talvez te refiras apenas à KAI, e aí até pode ser verdade, mas lembremos que mais gente botou $$$ nisso, seja o governo da SK, seja a LM; lembremos, até o contemporâneo Super Tucano vendeu mais, continua vendendo e não me parece que todo mundo que investiu nele já tenha saído do vermelho, talvez apenas a EMBRAER, mas não quem financiou (FAB > MinDef > GF).

Ademais, o simples anúncio público de que (1) a Boeing ("apenas" a maior companhia de Aviação do mundo, rivalizada somente no ramo militar pela Lockheed-Martin e no civil pela Airbus - e aí temos que pensar na diferença entre a capacidade mundial de assistência técnica entre a Boeing e a...KAI :mrgreen: ) está OFICIALMENTE no páreo, já "atacando" no OM (para começar), e que (2) não vai ficar só num LIFT, já é um poderoso inibidor para os potenciais clientes dos Coreanos, ainda mais se forem olhar BEM de perto os dois aviões (mostrei a diferença entre os cockpits, para ficar só num ponto). Para elevar o T-50 (e/ou qualquer membro da família) ao patamar natural do T-7A vão ter que botar $$$, e cada dólar a mais nisso é um dólar a menos no KF-X. A meu ver, batalha perdida...

Mudando de assunto, e referindo-me agora a algo dito pelo @FCarvalho véio, sigo com a impressão de que o F-404 usado tanto em um quando no outro contendor nem precisa ser substituído pelo 414, pois não consigo achar justificativa para a tremenda diferença de desempenho entre os LIFTs em tela e o Gripen A/B/C/D (para o qual ninguém cogita F-414 porque o 404 é mais do que suficiente), mesmo sendo menores e mais leves, do que a que aventei: os motores já sairiam da fábrica "com travões" que reduzem a potência realmente disponível (com vantagens nos custos horários, Mntç & quetales) em relação à nominal, em troca de uma redução aceitável (afinal, são LIFTs, não caças) no desempenho geral.

Para finalizar, se minha estimativa for correta, qual das duas fábricas poderia "destravar" o F-404 facilmente (após a sine qua non autorização do US Gvt) e sem ter que pagar um tostão, caso seja julgado necessário (fábrica) e aceitável (governo dos EUA)? Qual das duas pode vender via FMS? Qual das duas gera (e precisa manter) necessários empregos nos EUA? Por fim, qual das duas venceu a concorrência para LIFT da USAF?

É por coisas assim que levo pouca fé no avião da KAI, que acho excelente mas que, pelo jeito, e conforme meu post anterior, encontrou a sua nêmesis.




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Re: USAF T-X

#154 Mensagem por Penguin » Seg Jul 20, 2020 2:05 pm

Túlio escreveu: Seg Jul 20, 2020 1:47 pm
Viktor Reznov escreveu: Dom Jul 19, 2020 11:58 pm Interessante também lembrar que só os pedidos do FA-50, versão de combate do T-50, na força aérea da República da Córeia já bastam pra cobrir os custos de desenvolvimento do T-50. O que vier depois é lucro, mas eu particularmente gostaria de ver ele sendo mais bem sucedido do que o T-7A no mercado internacional.
Não sei de onde tiraste isso, cupincha véio: precisaria custar o mesmo que, no mínimo, um F-16 para tanto, e aí não venderia. Ou talvez te refiras apenas à KAI, e aí até pode ser verdade, mas lembremos que mais gente botou $$$ nisso, seja o governo da SK, seja a LM; lembremos, até o contemporâneo Super Tucano vendeu mais, continua vendendo e não me parece que todo mundo que investiu nele já tenha saído do vermelho, talvez apenas a EMBRAER, mas não quem financiou (FAB > MinDef > GF).

Ademais, o simples anúncio público de que (1) a Boeing ("apenas" a maior companhia de Aviação do mundo, rivalizada somente no ramo militar pela Lockheed-Martin e no civil pela Airbus - e aí temos que pensar na diferença entre a capacidade mundial de assistência técnica entre a Boeing e a...KAI :mrgreen: ) está OFICIALMENTE no páreo, já "atacando" no OM (para começar), e que (2) não vai ficar só num LIFT, já é um poderoso inibidor para os potenciais clientes dos Coreanos, ainda mais se forem olhar BEM de perto os dois aviões (mostrei a diferença entre os cockpits, para ficar só num ponto). Para elevar o T-50 (e/ou qualquer membro da família) ao patamar natural do T-7A vão ter que botar $$$, e cada dólar a mais nisso é um dólar a menos no KF-X. A meu ver, batalha perdida...

Mudando de assunto, e referindo-me agora a algo dito pelo @FCarvalho véio, sigo com a impressão de que o F-404 usado tanto em um quando no outro contendor nem precisa ser substituído pelo 414, pois não consigo achar justificativa para a tremenda diferença de desempenho entre os LIFTs em tela e o Gripen A/B/C/D (para o qual ninguém cogita F-414 porque o 404 é mais do que suficiente), mesmo sendo menores e mais leves, do que a que aventei: os motores já sairiam da fábrica "com travões" que reduzem a potência realmente disponível (com vantagens nos custos horários, Mntç & quetales) em relação à nominal, em troca de uma redução aceitável (afinal, são LIFTs, não caças) no desempenho geral.

Para finalizar, se minha estimativa for correta, qual das duas fábricas poderia "destravar" o F-404 facilmente (após a sine qua non autorização do US Gvt) e sem ter que pagar um tostão, caso seja julgado necessário (fábrica) e aceitável (governo dos EUA)? Qual das duas pode vender via FMS? Qual das duas gera (e precisa manter) necessários empregos nos EUA? Por fim, qual das duas venceu a concorrência para LIFT da USAF?

É por coisas assim que levo pouca fé no avião da KAI, que acho excelente mas que, pelo jeito, e conforme meu post anterior, encontrou a sua nêmesis.
Outro exemplo de uso do F404 com grande desempenho foi o F-20.
Tenho entendido que tb há uma outra questão envolvida: a aerodinâmica de um treinador é bem diferente da aerodinâmica de um caça real. Resulta em uma aeronave mais simples, mais barata e mais adequada às necessidades de um treinador.
Se assim não fosse, uma versão light do F-20B ou Gripen D seriam imbatíveis como treinadores.




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Re: USAF T-X

#155 Mensagem por Túlio » Seg Jul 20, 2020 2:23 pm

Penguin escreveu: Seg Jul 20, 2020 2:05 pm Outro exemplo de uso do F404 com grande desempenho foi o F-20.
Tenho entendido que tb há uma outra questão envolvida: a aerodinâmica de um treinador é bem diferente da aerodinâmica de um caça real. Resulta em uma aeronave mais simples, mais barata e mais adequada às necessidades de um treinador.
Se assim não fosse, uma versão light do F-20B ou Gripen D seriam imbatíveis como treinadores.
F-20 - Outro caça da classe Mach 2. Motor F-404 "destravado" (teoria minha, não posso demonstrar que os usados nos LIFTs em tela sejam mesmo "travados"), pouca área alar como nos LIFTs, fuselagem mais "fina" (menor arrasto) porém bem mais longa (maior arrasto, especialmente na chamada "camada-limite") e mais pesado;

Gripen - Fuselagem mais "larga" (maior arrasto), grande área alar e com canards ainda por cima (maior arrasto) e mais pesado.

E mesmo assim, e com o mesmíssimo motor, atingem Mach 2, e os LIFTs não. Dá o que pensar...




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Re: USAF T-X

#156 Mensagem por J.Ricardo » Seg Jul 20, 2020 2:33 pm

FCarvalho escreveu: Dom Jul 19, 2020 8:08 pm Acho que até mesmo a FAB se veria tentada a olhar para ele com mais carinho.

Vai ser uma briga interessante de se ver.

abs
Bate na madeira, isso não é avião pra nós, vejo o México como um grande cliente desse avião, o ideal para eles seria o Gripen E ou o F-16, mas para a importância que dão para sua FA, esse T-7 já estaria bom demais.




Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil,
Vossos peitos, vossos braços,
São muralhas do Brasil!
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Re: USAF T-X

#157 Mensagem por FCarvalho » Seg Jul 20, 2020 8:50 pm

FIGHTERCOM escreveu: Seg Jul 20, 2020 8:38 am
FCarvalho escreveu: Dom Jul 19, 2020 8:08 pm Acho que até mesmo a FAB se veria tentada a olhar para ele com mais carinho.
Sinceramente? Espero que isso nunca aconteça! Acabaríamos ficando com duas "soluções" subaproveitadas. Melhor investir em UCAVs.
Abraços,
Wesley
O único interesse que a FAB poderia ter no T-7A é ele ser o novo Xavante do séc XXI em Natal. Fora isso, o 3o Gav vai continuar usando os ST e respectivos sucessores.
Até aí nada demais. É uma questão ainda em aberto e sob discussão dentro do EMAer e do comdo da força. Mas não tem nada decidido e nem prazo para fazê-lo.
Depois que todos os Gripen E/F tiverem sido recebidos e com o seu devido FOC, a FAB terá melhores subsídios para pensar se um LIFT a jato em Natal é necessário ou se o ST dá conta do recado.
A ver.

abs




Um mal é um mal. Menor, maior, médio, tanto faz… As proporções são convencionadas e as fronteiras, imprecisas. Não sou um santo eremita e não pratiquei apenas o bem ao longo de minha vida. Mas, se me couber escolher entre dois males, prefiro abster-me por completo da escolha.
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Re: USAF T-X

#158 Mensagem por FCarvalho » Seg Jul 20, 2020 8:55 pm

J.Ricardo escreveu: Seg Jul 20, 2020 2:33 pm
FCarvalho escreveu: Dom Jul 19, 2020 8:08 pm Acho que até mesmo a FAB se veria tentada a olhar para ele com mais carinho.
Vai ser uma briga interessante de se ver.
abs
Bate na madeira, isso não é avião pra nós, vejo o México como um grande cliente desse avião, o ideal para eles seria o Gripen E ou o F-16, mas para a importância que dão para sua FA, esse T-7 já estaria bom demais.
O único uso que a FAB veria no T-7A, como vejo, é um LIFT em Natal, se muito. Não há planos para isso no momento, e a introdução do Gripen E/F é que dará mais subsídios para se pensar na necessidade, ou não, de um jato na formação dos aspirantes a aviador.
A FAB não sabe o que é operar um caça realmente moderno desde os P-47. Então, até nisso o Gripen E será uma pequena grande revolução dentro da força.
E que vem em boa hora.

abs




Um mal é um mal. Menor, maior, médio, tanto faz… As proporções são convencionadas e as fronteiras, imprecisas. Não sou um santo eremita e não pratiquei apenas o bem ao longo de minha vida. Mas, se me couber escolher entre dois males, prefiro abster-me por completo da escolha.
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Re: USAF T-X

#159 Mensagem por FCarvalho » Seg Jul 20, 2020 9:17 pm

Túlio escreveu: Seg Jul 20, 2020 1:47 pm Mudando de assunto, e referindo-me agora a algo dito pelo @FCarvalho véio, sigo com a impressão de que o F-404 usado tanto em um quando no outro contendor nem precisa ser substituído pelo 414, pois não consigo achar justificativa para a tremenda diferença de desempenho entre os LIFTs em tela e o Gripen A/B/C/D (para o qual ninguém cogita F-414 porque o 404 é mais do que suficiente), mesmo sendo menores e mais leves, do que a que aventei: os motores já sairiam da fábrica "com travões" que reduzem a potência realmente disponível (com vantagens nos custos horários, Mntç & quetales) em relação à nominal, em troca de uma redução aceitável (afinal, são LIFTs, não caças) no desempenho geral.
Para finalizar, se minha estimativa for correta, qual das duas fábricas poderia "destravar" o F-404 facilmente (após a sine qua non autorização do US Gvt) e sem ter que pagar um tostão, caso seja julgado necessário (fábrica) e aceitável (governo dos EUA)? Qual das duas pode vender via FMS? Qual das duas gera (e precisa manter) necessários empregos nos EUA? Por fim, qual das duas venceu a concorrência para LIFT da USAF?
É por coisas assim que levo pouca fé no avião da KAI, que acho excelente mas que, pelo jeito, e conforme meu post anterior, encontrou a sua nêmesis.[/Justificar]
A única razão que vejo para uma subutilização da potência do F-404 está justamente na fala do cara da Boeing em seu post anterior, que é no sentido de entregar exatamente o que a USAF pediu, nem mais, e nem menos. Mas deixando espaços de sobra para a plataforma evoluir naturalmente ao longo da sua vida operacional.

Neste contexto, o "General Electric F404-GE-103 afterburning turbofan, 11,000 lbf (49 kN) thrust dry, 17,000 lbf (76 kN) with afterburner"* apresenta capacidade de sobra para expandir o envelope de voo e de atribuições do jato.

A RM12 que é a versão sueca para os Gripen anteriores, possui: Maximum thrust: 54 kN (12,100 lbf) military thrust / 80.5 kN (18,100 lbf) with afterburner*

Como comparação a F-414 apresenta os seguintes números: Maximum thrust: 13,000 lbf (57.8 kN) military thrust / 22,000 lbf (97.9 kN) with afterburner*

O modelo RM12 e a F414-400 produzidas sob licença pelos suecos já estão adaptadas para operação de uma turbina apenas,
sendo que os modelos originais são para uso duplo nos Hornet e Super Hornet.

De qualquer forma, fica um interessante glossário de capacidades que o jato pode oferecer no futuro a longo prazo, dependendo da clientela. Suponho que os suecos, se vierem a operar o T-7A, no mínimo vão querer colocar as suas próprias turbinas neles, e não as fabricadas pela GE nos USA. Algo que também tem de ser levado em conta, dado que a SAAB é copatrocinadora do jato, e pode ela mesma querer vender os mesmos onde pensar tem penetração de mercado para isso.

A ver.

* fonte: wikipédia

abs




Um mal é um mal. Menor, maior, médio, tanto faz… As proporções são convencionadas e as fronteiras, imprecisas. Não sou um santo eremita e não pratiquei apenas o bem ao longo de minha vida. Mas, se me couber escolher entre dois males, prefiro abster-me por completo da escolha.
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