Crise Econômica Mundial

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Bourne
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Re: Crise Econômica Mundial

#6496 Mensagem por Bourne » Dom Abr 05, 2020 1:33 pm

Era para ser um pequena recessão como sempre ocorre a cada cinco ou dez anos. No final das contas mudou tudo. Veio um choque como que foi o entre guerras e reconstrução pós-1945.

Por exemplo, a guinada isolacionista e nacionalista tá bombando. A onda de nacionalização e estatização de empresas, erguer barrerias protecionistas e reorganizar integração produtiva, mais gasto e tributação, entre outras mudanças estão bombando.




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P44
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Re: Crise Econômica Mundial

#6497 Mensagem por P44 » Seg Abr 06, 2020 5:16 am

Já só falta aparecer um sujeito de bigodinho




Triste sina ter nascido português 👎
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akivrx78
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Re: Crise Econômica Mundial

#6498 Mensagem por akivrx78 » Ter Abr 07, 2020 3:25 am

A atual crise econômica será pior que a Grande Depressão?
Nouriel Roubini 03 de abr de 2020(atualizado 03/04/2020 às 07h18)

Com a pandemia do novo coronavírus fora de controle, o melhor resultado que podemos esperar é uma recessão global pior que a de 2008

O choque da covid-19 na economia mundial tem sido não apenas mais rápido, mas também mais grave do que na crise financeira global de 2008, e até mesmo do que na Grande Depressão. Nesses dois episódios anteriores, os mercados de ações caíram 50% ou mais, os mercados de crédito congelaram, seguiram-se falências massivas, as taxas de desemprego subiram acima de 10%, e o PIB se contraiu a uma taxa anualizada de 10% ou mais. Mas tudo isso demorou cerca de três anos para acontecer. Na atual crise, resultados macroeconômicos e financeiros igualmente terríveis se materializaram em três semanas.

No início de março de 2020, levou apenas 15 dias para o mercado de ações americano despencar 20% em relação ao seu pico – o mais rápido declínio desse tipo na história. Agora, os mercados de ações caíram 35%, os mercados de crédito subiram, e os spreads de crédito (como os de títulos “podres”) subiram para os níveis de 2008. Até empresas financeiras tradicionais como Goldman Sachs, JP Morgan e Morgan Stanley esperam que o PIB dos EUA caia a uma taxa anualizada de 6%, no primeiro trimestre, e de 24% a 30%, no segundo trimestre. O secretário do Tesouro americano, Steve Mnuchin, alertou que a taxa de desemprego pode disparar para acima de 20% (o dobro do pico durante a crise de 2008).

Em outras palavras, todo componente da demanda agregada – consumo, gasto de capital, exportações – está em uma queda livre sem precedentes. Enquanto a maioria dos comentadores oportunistas têm antecipado uma desaceleração em forma de V – com a produção caindo acentuadamente por um trimestre e depois se recuperando rapidamente no seguinte – agora deve ficar claro que a crise da covid-19 é completamente diferente. A contração que está em andamento agora parece não ser em forma de V, nem de U, nem de L (uma queda acentuada seguida de estagnação). Pelo contrário, parece um I: uma linha vertical representando os mercados financeiros e a economia real em queda.

Nem mesmo durante a Grande Depressão e a Segunda Guerra Mundial a maior parte da atividade econômica literalmente fechou, como acontece na China, nos Estados Unidos e na Europa hoje. O melhor cenário seria uma desaceleração mais grave do que na crise financeira global de 2008 (em termos de redução da produção global acumulada), mas de duração mais curta, permitindo um retorno ao crescimento positivo até o quarto trimestre de 2020. Nesse caso, os mercados começariam a se recuperar quando aparecesse a luz no fim do túnel.

Mas o melhor cenário pressupõe várias condições. Primeiro, os Estados Unidos, a Europa e outras economias afetadas pesadamente precisariam realizar medidas generalizadas de teste, rastreamento e tratamento da covid-19, quarentenas forçadas e um bloqueio de larga escala do tipo que a China implementou. E, como pode demorar 18 meses para desenvolver e produzir uma vacina em escala, antivirais e outras terapias precisarão ser implantados em grande escala.

Em segundo lugar, os formuladores de políticas monetárias – que em menos de um mês já fizeram o que levaram três anos para fazer depois da crise financeira global – devem continuar tentando todas as medidas não convencionais possíveis contra a crise. Isso significa taxas de juros zero ou negativas; aprimoração da orientação avançada; flexibilização quantitativa; e facilitação de crédito (compra de ativos privados) para apoiar bancos, instituições não bancárias, fundos do mercado monetário e até mesmo grandes corporações (papel comercial e linhas de títulos corporativos). O Federal Reserve americano expandiu suas linhas de swaps cambial entre países para atender à enorme falta de liquidez do dólar nos mercados globais, mas agora precisamos de mais facilidades para encorajar os bancos a emprestar a pequenas e médias empresas ilíquidas, mas ainda solventes.

Terceiro, os governos precisam implantar um grande estímulo fiscal, inclusive desembolsando dinheiro diretamente para as famílias, até por meio de “dinheiro lançado do helicóptero”. Considerando o tamanho do abalo econômico, os déficits fiscais nas economias avançadas precisarão crescer de 2-3% do PIB para cerca de 10% ou mais. Apenas os governos centrais têm balanços patrimoniais grandes e fortes o bastante para prevenir o colapso do setor privado.

Mas essas intervenções financiadas pelo déficit devem ser totalmente monetizadas. Se fossem financiadas por meio de dívida pública padrão, as taxas de juros subiriam acentuadamente e a recuperação seria sufocada em seu berço. Dadas as circunstâncias, intervenções há muito tempo propostas por esquerdistas da escola da Teoria Monetária Moderna, incluindo o “dinheiro lançado do helicóptero”, tornaram-se mainstream.

Infelizmente, se estivermos considerando o melhor cenário possível, a resposta da saúde pública nas economias avançadas ficou muito aquém do que é necessário para conter a pandemia, e o pacote de políticas fiscais em debate atualmente não é abrangente nem rápido o suficiente para criar as condições para uma recuperação adequada. Como tal, o risco de uma nova Grande Depressão, pior do que a original – uma Depressão Ainda Maior – aumenta a cada dia.

A menos que a pandemia seja detida, economias e mercados ao redor do mundo continuarão em queda livre. Mas, mesmo se a pandemia for mais ou menos contida, o crescimento geral ainda pode não retornar até o final de 2020. Depois de tudo, nessa época, é muito provável que comece outra temporada de vírus com novas mutações, e as intervenções terapêuticas com as quais muitos estão contando podem se mostrar menos eficazes do que se esperava. Assim, as economias irão se contrair novamente e os mercados cairão uma vez mais.

Além disso, a resposta fiscal pode atingir um muro se a monetização de déficits maciços começar a produzir inflação alta, especialmente se uma série de choques na oferta relacionados ao vírus reduzirem o crescimento potencial. E muitos países simplesmente não podem fazer esses empréstimos em sua própria moeda. Quem vai salvar governos, corporações, bancos e famílias de mercados emergentes?

Em todo caso, mesmo se a pandemia e as consequências econômicas fossem controladas, a economia global ainda poderia estar sujeita a uma série de riscos geopolíticos. Com a eleição presidencial americana se aproximando, a crise da covid-19 vai abrir caminho para conflitos renovados entre o Ocidente e ao menos quatro potências revisionistas: China, Rússia, Irã e Coreia do Norte, que já estão usando ciberguerra assimétrica para minar os EUA de dentro. Os inevitáveis ciberataques ao processo da eleição americana podem levar a um resultado final contestado, com acusações de "manipulação" e a possibilidade de violência e desordem civil.

De forma semelhante, como argumentei antes, os mercados estão subestimando enormemente o risco de uma guerra entre EUA e Irã este ano; a deterioração das relações sino-americanas está se acelerando, já que cada lado culpa o outro pela escala da pandemia de covid-19. É provável que a atual crise acelere a balcanização e o desenrolar da economia global nos próximos meses e anos.

Essa tríade de riscos – pandemias incontidas, arsenais de política econômica insuficientes e conflitos geopolíticos – bastará para levar a economia global a uma depressão persistente e a um colapso desembestado do mercado financeiro. Depois do choque de 2008, uma resposta forte (embora atrasada) afastou a economia global do abismo. Podemos não ter tanta sorte desta vez.

Nouriel Roubini é CEO da Roubini Macro Associates e professor de economia da Stern School of Business, na Universidade de Nova York.

https://www.nexojornal.com.br/externo/2 ... ess%C3%A3o




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Re: Crise Econômica Mundial

#6499 Mensagem por akivrx78 » Ter Abr 07, 2020 3:36 am

Dois bancos quebram nos EUA pela crise econômica

https://cointimes.com.br/dois-bancos-qu ... economica/




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Re: Crise Econômica Mundial

#6500 Mensagem por akivrx78 » Ter Abr 07, 2020 3:38 am

Entre inúmeros estudos científicos só uma coisa é certa: A crise econômica mundial será algo sem precedentes

https://www.jornaldacidadeonline.com.br ... recedentes




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Re: Crise Econômica Mundial

#6501 Mensagem por Bourne » Ter Abr 07, 2020 11:29 am

Setor aéreo (companhias aéreas, fabricantes e fornecedores, aeroportos e outros), comércio e serviços, esporte em geral. Por exemplo, os grandes clubes como Liverpool e Juventus estão de joelhos. Sem campeonatos e jogos não têm receita para pagar as contas.




Abaixo a curiosa história do empreendedor paulista que teve que vender o Porsche de meio milhão de reais para sobreviver. Alguém deveria ter dito "cuidado, mantenha reservas. Não compra o Porsche ou não compra a vista. Precisa manter reservas e liquidez. Não confia em banco porque as linhas de crédito fecham nas crises". :roll:
Sonho desfeito para manter os negócios

Durou apenas seis meses o sonho de consumo de ter um carro de luxo do empresário Deiverson Migliatti, de 36 anos, dono da rede de franquias Sterna Café. Em outubro, ele desembolsou R$ 400 mil à vista por um Porsche Cayaman 2015. “Sempre quis ter um carro diferente, que se assemelhasse a um carro de corrida.”

No mês passado, no entanto, vendeu o Porsche porque precisava do dinheiro para tocar os negócios. Com a pandemia da covid-19, o empresário viu sua receita e a dos franqueados praticamente cair a zero do dia para noite e seu patrimônio pessoal se dilapidar na Bolsa. “Perdi cerca de 50% e não posso retirar o dinheiro da Bolsa, senão perco mais.”

Migliatti diz que precisa dar apoio à sua rede de franquias e que não quer demitir nem na franqueadora nem nas lojas próprias. Sua rede de cafeterias reúne 85 franqueados. Desses, 65 com lojas em funcionamento e 20 em fase de obras. Ele também tem duas lojas da KFC e duas da Subway, como franqueado.

Esse tsunami também pegou o empresário num momento ruim. Ele estava descapitalizado porque no início do ano tinha fechado dois negócios: comprou 11 lojas da rede de cafeterias Moinho e metade da fábrica de bolos Flamy. Pelas duas aquisições desembolsou quase R$ 2 milhões.

Para tentar equacionar a falta de dinheiro, cogitou vender imóveis, como terrenos e casas, mas desistiu. Viu que teria dificuldade de encontrar comprador. Também bateu à porta dos bancos para obter crédito, mas encontrou taxas absurdas. “Um banco ofereceu uma promoção de crédito com juros de 7,6% ao mês. Isso é linha de agiota”, reclama.

A saída foi vender o carro esportivo. “Mesmo na crise esse carro não perde valor, porque é um ícone, há poucos desse modelo no Brasil.” Resultado: vendeu o veículo por R$ 420 mil e embolsou um troco de R$ 20 mil, mais do que o rendimento mensal que conseguiria se tivesse aplicado o dinheiro num investimento em renda fixa.

Com economia, Migliatti acredita que terá recursos para os próximos seis meses. Diz que dará um desconto de 15% em março na taxa paga pelo franqueado, que é de 5% sobre o faturamento. Nos próximos meses aumentará o desconto para 30%. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

https://economia.uol.com.br/noticias/es ... gocios.htm




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Re: Crise Econômica Mundial

#6502 Mensagem por akivrx78 » Qua Abr 08, 2020 1:59 pm

Alemanha e França enfrentam histórico declinio económico

Previsões de seis institutos alemães apontam para uma crise sem precedentes. PIB deverá cair até 10%. Banco de França avisa que o país está em recessão e o primeiro trimestre foi o pior desde 1945.

A queda do PIB no segundo trimestre deve ser duas vezes maior do que qualquer outra durante a crise financeira de 2008-2009 e marcará a queda mais acentuada desde que os registos dos institutos começaram em 1970.

https://www.dn.pt/dinheiro/alemanha-e-f ... 47735.html




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Re: Crise Econômica Mundial

#6503 Mensagem por Túlio » Qua Abr 08, 2020 2:16 pm

Alguém aí sabe o ANTÔNIMO de welfare state? Creio que não vai demorar tanto assim para muita gente buena no Hemisfério Norte descobrir, pois o seu amado Estado não produz nada, apenas arrecada e redistribui: e quando, não tendo mais o que ou de quem arrecadar, vai ser como?




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Re: Crise Econômica Mundial

#6504 Mensagem por akivrx78 » Qua Abr 08, 2020 2:36 pm

Da Crise Econômica à Crise Financeira
Por New Delhi Times Bureau 8 de abril de 2020

Embora o novo surto de coronavírus esteja ocorrendo em todo o mundo, os mercados financeiros e as economias em todo o mundo sofreram um choque raro e abrangente. A liquidação global, liderada por ações dos EUA, provocou temores de uma nova crise financeira.

De 12 de fevereiro a 23 de março de 2020, o índice Dow Jones caiu de 29.551 para 18.591, uma queda de 37%. Durante o mesmo período, as ações americanas perderam mais de US $ 10 trilhões, enquanto os mercados europeus perderam Devido a uma grande quantidade de recursos despejados do mercado de ações para o mercado de títulos, o rendimento da nota do Tesouro de 10 anos de referência caiu de 1,63% em 12 de fevereiro para 0,498% em 9 de março. Os preços do petróleo subiram 67% em relação ao mesmo período do ano passado. Em face de uma derrota nas ações, rendimentos de títulos e preços do petróleo, os mercados estão excluindo que, 12 anos após a crise financeira de 2008, uma crise financeira mais selvagem é iminente .

Diante da turbulência do mercado financeiro, os bancos centrais de todo o mundo emitiram políticas para resgatar o mercado. Tomando o Federal Reserve como exemplo, ele frequentemente realizou várias operações de política para reduzir as taxas de juros e liberar liquidez recentemente.De acordo com a pesquisa de rastreamento da ANBOUND, De 3 a 26 de março, o Fed conduziu até 9 vezes operações agressivas de política. Havia várias operações principais: a primeira é cortar as taxas de juros; o Fed reduziu o rácio de reserva exigido por três vezes consecutivas até chegar a zero; é recomprar os títulos do Tesouro dos EUA em grandes quantidades através de flexibilização quantitativa ilimitada e injetar liquidez no mercado; o terceiro é estabelecer uma facilidade de troca de dólares com bancos centrais estrangeiros para garantir a liquidez do dólar.

Em um movimento familiar, o Fed tomou medidas igualmente drásticas para resgatar os mercados financeiros durante a crise financeira de 2008. De uma série de operações, o Fed responde completamente a uma crise financeira com teoria, métodos, operação e lógica semelhantes. , a força de suas medidas de resgate combinadas neste momento é muito maior do que a do resgate em 2008, o que mostra que o Fed está ansioso por pôr fim à mais rara "crise financeira" da história.

É importante ressaltar que as mudanças nos mercados financeiros globais após esse surto são marcadamente diferentes das crises financeiras anteriores. Toda crise financeira no passado foi marcada pelo fracasso de grandes instituições financeiras ou empresas quase-financeiras, como o colapso da Long -Term Capital Management (LTCM) durante a crise financeira asiática de 1998, o colapso da Enron Corporation após o estouro da bolha das empresas americanas em 2001, bem como das instituições financeiras que fracassaram na crise financeira de 2008, como o Bear Stearns, o quinto país da América.

O maior banco de investimento, que entrou em default após a crise financeira de 2008, foi adquirido pelo JP Morgan Chase; o Merrill Lynch entrou em crise e foi comprado pelo Bank of America; o Lehman Brothers falhou sem um resgate do governo. no início de 2020 levou a uma grande perda de ativos, não houve casos de falha de grandes instituições financeiras, a exposição ao risco A quantidade de instituições financeiras sistêmicas é relativamente baixa, não há problema no balanço de pagamentos internacional e não há inadimplência em larga escala.

Os pesquisadores da ANBOUND acreditam que esse contraste é um reflexo das diferentes causas das duas crises. A crise de 2008 é uma crise financeira direta e típica. De acordo com o resumo de Li Xunlei, a cadeia do surto de crise é a seguinte: o declínio nos preços da habitação-> crise das hipotecas subprime-> explosão de produtos financeiros-> falência dos bancos de investimento.

A crise refletiu o colapso estrutural do sistema financeiro causado por inovação financeira excessiva, alavancagem financeira excessiva e crescimento excessivo do setor financeiro no contexto A crise em 2020 é uma crise econômica, uma crise fundamental. Ao longo da última década, houve uma superprodução global e excesso de capital; o atrito comercial global se intensifica sob o pano de fundo da anti-globalização; a dívida global aumenta e a inadimplência aumenta: juntamente com o lento crescimento global, grandes mercados emergentes, como a China, em particular, estão em trajetória recessiva.

O acúmulo e a superposição de muitos problemas promoveram a evolução sistemática e a ocorrência da crise econômica global. Em particular, desde a crise financeira de 2008, os países ao redor do mundo não fizeram ajustes estruturais em suas economias e sistemas financeiros. Em vez disso, eles cobriram a bolha da crise anterior com uma bolha financeira maior, injetando mais liquidez.

A crise econômica está crescendo, os riscos no sistema financeiro não foram eliminados, e o que estamos esperando é apenas um gatilho, e esse é o pano de fundo para o mercado de ações de Wall Street cair de 30.000 para 20.000 pontos em 2020 Portanto, o novo surto de coronavírus no início de 2020 é a principal causa da súbita crise econômica global. Podemos observar esses fenômenos sob vários aspectos que não foram vistos na crise financeira de 2008:

Primeiro, a disseminação da pandemia de Covid-19 interrompeu a cadeia de suprimentos global. A cadeia de suprimentos foi interrompida pela “fábrica do mundo”, ou seja, a China, depois veio a pandemia, que levou a interrupções sem precedentes nas cadeias de suprimentos globais, nos sistemas de logística. e transporte aéreo;

Segundo, a maioria dos países do mundo está em estado de confinamento. Até o momento, existem pelo menos 3 bilhões de pessoas no mundo ficando em casa e mantendo apenas o consumo básico de subsistência. A demanda de consumo global foi bastante reduzida, resultando em uma forte queda nas ordens de comércio exterior e demanda de remessa, bem como a estagnação de muitas indústrias de serviços;

Terceiro, a economia global entrou no modo "congelado", que reduziu significativamente a demanda global de energia, acelerou a forte queda nos preços internacionais de petróleo e gás e causou um enorme impacto nos países produtores de petróleo, produtores de petróleo, cadeias da indústria petroquímica e negociação de mercadorias;

Em quarto lugar, o padrão global de isolamento causou diretamente a um grande número de pessoas a perda de seus empregos, especialmente nos Estados Unidos, Europa e outros países com serviços e modelos de consumo desenvolvidos. A alta taxa de desemprego está formando uma nova crise econômica e social. Alguns até prevêem que o desemprego nos Estados Unidos aumentará para mais de 50 milhões de pessoas. Do lado da China, se a demanda externa diminuir, dezenas de milhões de empregos poderão ser afetados.

Em quinto lugar, a intensificação da crise econômica global também apertará a cadeia de dívida e a cadeia de crédito global, a qualidade dos ativos bancários se deteriorará e o fenômeno de inadimplência continuará aumentando. Cada uma dessas crises parciais será eventualmente transmitida ao financeiro e evoluir para maiores riscos financeiros.

É claro que as crises econômicas e financeiras não são separadas. À medida que os fatores de crise aumentam, eles interagem e evoluem com facilidade. Conforme analisado pela ex-presidente do Federal Reserve Janet Yellen, a desaceleração globalmente sincronizada é uma conclusão precipitada, ou seja, A economia global está afundando em uma recessão devido ao mau desempenho das transações comerciais e financeiras.Além disso, a duração da recessão ainda é incerta.Se for uma recuperação em forma de V ou alguma outra forma de recuperação, depende da qualidade e execução do Respostas políticas: quanto mais tempo durar a recessão, mais tempo será necessário para se recuperar.

A transformação de crise econômica em crise financeira provavelmente se refletirá na seguinte cadeia de transmissão de risco: redução da demanda + interrupção da cadeia de suprimentos-> falta de pedidos-> crise do balanço corporativo-> escassez de liquidez-> escassez de liquidez-> explosão da dívida corporativa-> aumento de dívidas incobráveis ​​dos bancos + aumento da inadimplência -> consumo fraco -> põe em risco as instituições financeiras -> crise financeira. Desde o início da crise econômica, a base de clientes da indústria de serviços começou a ser afetada, o que, por sua vez, afetou o mercado de clientes e custo da indústria financeira. A crise econômica básica acabou evoluindo para uma crise financeira após um período de atraso. Nesse momento, o cenário de mercado é a crise financeira com a qual as pessoas estão familiarizadas na sociedade moderna.

Distinguir entre a crise econômica e a crise financeira não apenas nos permite entender as causas da crise, mas também de grande significado construtivo nas políticas públicas. De acordo com os pesquisadores da ANBOUND, existem duas preocupações específicas para os departamentos de políticas: primeiro, a teoria A abordagem da crise financeira não resolverá o problema da atual crise econômica; portanto, a abordagem do Fed pode não ser a correta.

Por outro lado, a proposta do Partido Democrata Americano de favorecer os trabalhadores de colarinho azul e manter seus meios de subsistência é propícia ao consumo e mais realista.Porque o foco de superar a crise atual é impedir que a crise econômica persista e restringir seu impulso a uma crise financeira.Para mitigar a crise financeira, precisamos primeiro conter a crise econômica.Segundo, desde que a crise teve origem a crise econômica em primeiro lugar, é impossível esperar uma recuperação em forma de V e devemos estar satisfeitos preparada para o impacto a médio e longo prazo da crise. De fato, o desejo de uma recuperação em forma de V não é realista.

Como mostra a análise anterior, essa crise econômica cobriu muitos fatores de crise da economia original e o vírus o surto foi apenas um ponto de gatilho. Se a fundação for afetada, a estrutura econômica também será afetada e certamente afetará a situação geral. Leva apenas algum tempo para que o impacto alcance o nível mais alto.

Conclusão da análise final:

A atual crise que varre o mundo é uma crise econômica, que pode evoluir para uma crise financeira. Se apenas as medidas para superar a crise financeira forem adotadas, seria difícil resolver os problemas existentes na crise econômica. crise, precisamos estar preparados para suas implicações a longo prazo.

https://www.newdelhitimes.com/from-econ ... al-crisis/




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Re: Crise Econômica Mundial

#6505 Mensagem por akivrx78 » Qua Abr 08, 2020 2:44 pm

Europa dividida - chefes financeiros da UE não concordam com o financiamento de resgate de coronavírus de US $ 540 bilhões após a reunião da maratona

Por Viktoria Dendrinou Nikos Chrysoloras e Bloomberg 8 de abril de 2020

Os ministros das Finanças da União Européia não chegaram a acordo sobre um pacote de 500 bilhões de euros (US $ 543 bilhões) para mitigar o impacto econômico da pandemia, prolongando uma paralisia que põe em dúvida a capacidade do bloco de enfrentar a crise.

Em uma teleconferência de emergência que durou mais de 16 horas, os chefes de finanças não conseguiram conciliar suas visões contrastantes quanto aos passos necessários para ajudar as economias européias a se recuperarem, já que os países do sul mais atingido do continente foram confrontados com os estados do norte por dividir os custos de a recessão iminente.

https://fortune.com/2020/04/08/divided- ... t-funding/




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Re: Crise Econômica Mundial

#6506 Mensagem por Bourne » Qui Abr 09, 2020 8:05 pm

E o tipo de mudança na organização produtiva que está ocorrendo em virtude do covid-19. Ainda nem começou. O movimento ficará mais evidente daqui uns 3-5 anos. Sem exageros os acordos de livre comércio e liberalização comercial vão para geladeira. Quem sabe um dia voltem.
Japan to Fund Firms to Shift Production Out of China

Japan has earmarked $2.2 billion of its record economic stimulus package to help its manufacturers shift production out of China as the coronavirus disrupts supply chains between the major trading partners.

The extra budget, compiled to try to offset the devastating effects of the pandemic, includes 220 billion yen ($2 billion) for companies shifting production back to Japan and 23.5 billion yen for those seeking to move production to other countries, according to details of the plan posted online.

The move coincides with what should have been a celebration of friendlier ties between the two countries. Chinese President Xi Jinping was supposed to be on a state visit to Japan early this month. But what would have been the first visit of its sort in a decade was postponed a month ago amid the spread of the virus and no new date has been set.

China is Japan’s biggest trading partner under normal circumstances, but imports from China slumped by almost half in February as the disease shuttered factories, in turn starving Japanese manufacturers of necessary components.

That has renewed talk of Japanese firms reducing their reliance on China as a manufacturing base. The government’s panel on future investment last month discussed the need for manufacturing of high-added value products to be shifted back to Japan, and for production of other goods to be diversified across Southeast Asia.

“There will be something of a shift,” said Shinichi Seki, an economist at the Japan Research Institute, adding that some Japanese companies manufacturing goods in China for export were already considering moving out. “Having this in the budget will definitely provide an impetus.” Companies, such as car makers, that are manufacturing for the Chinese domestic market, will likely stay put, he said.

Testing Times
Japan exports a far larger share of parts and partially finished goods to China than other major industrial nations, according to data compiled for the panel. A February survey by Tokyo Shoko Research Ltd. found 37% of the more than 2,600 companies that responded were diversifying procurement to places other than China amid the coronavirus crisis.

Japan Unveils Record $992 Billion Stimulus Amid Virus Emergency

It remains to be seen how the policy will affect Prime Minister Shinzo Abe’s years-long effort to restore relations with China.

“We are doing our best to resume economic development,” Foreign Ministry spokesman Zhao Lijian told a briefing Wednesday in Beijing, when asked about the move. “In this process, we hope other countries will act like China and take proper measures to ensure the world economy will be impacted as little as possible and to ensure that supply chains are impacted as little as possible.”

The initial stages of the Covid-19 outbreak in China appeared to warm the often chilly ties between the two countries. Japan provided aid in the form of masks and protective gear -- and in one case a shipment was accompanied by a fragment of ancient Chinese poetry. In return, it received praise from Beijing.

In another step welcomed in Japan, China declared Avigan, an anti-viral produced by Japan’s Fujifilm Holdings Corp. to be an effective treatment for the coronavirus, even though it has yet to be approved for that use by the Japanese.

Yet many in Japan are inclined to blame China for mishandling the early stages of the outbreak and Abe for not blocking visitors from China sooner.

Meanwhile, other issues that have deeply divided the neighbors -- including a territorial dispute over East China Sea islands that brought them close to a military clash in 2012-13 -- are no nearer resolution.

Chinese government ships have continued their patrols around the Japanese-administered islands throughout the crisis, with Japan saying four Chinese ships on Wednesday entered what it sees as its territorial waters.

— With assistance by Lucille Liu

https://www.bloomberg.com/news/articles ... 6d8b7zAIxU




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Re: Crise Econômica Mundial

#6507 Mensagem por Bourne » Sáb Abr 11, 2020 12:59 pm

Deaths of Despair and Covid-19: a Webinar With Angus Deaton and Luigi Zingales

Deaths of despair are a slow disintegration of working-class lives: Will the coronavirus accelerate this process? In a conversion with Luigi Zingales, Nobel laureate economist Angus Deaton argues that deaths of despair are not affected by the business cycle, as they rose before, during, and after the 2008 global financial crisis. But the pandemic is hitting poorer and less-educated people disproportionally.

On Deaton

Angus Deaton is a Senior Scholar and the Dwight D. Eisenhower Professor of Economics and International Affairs Emeritus at the Woodrow Wilson School of Public and International Affairs and the Economics Department at Princeton University.

His main current research areas are poverty, inequality, health, wellbeing, economic development, and randomized controlled trials. He is the recipient of the 2015 Sveriges Riksbank Prize in Economic Sciences in Memory of Alfred Nobel (otherwise known as the Nobel Memorial Prize in Economic Sciences). In 2016, he was made a Knight Bachelor for his services to economics and international affairs.

The Book

Life expectancy in the United States has recently fallen for three years in a row—a reversal not seen since 1918 or in any other wealthy nation in modern times. In the past two decades, deaths of despair from suicide, drug overdose, and alcoholism have risen dramatically, and now claim hundreds of thousands of American lives each year—and they’re still rising.

Anne Case and Angus Deaton, known for first sounding the alarm about deaths of despair, explain the overwhelming surge in these deaths and shed light on the social and economic forces that are making life harder for the working class. They demonstrate why, for those who used to prosper in America, capitalism is no longer delivering.

http://promarket.org/wp-content/uploads/2020/04/DEATON-SLIDE-1.png

http://promarket.org/wp-content/uploads/2020/04/DEATON-SLIDE-2.png

https://promarket.org/deaths-of-despair ... FmzvLYYGZo
Alguém dirá "comunista, vai para cuba!!! Se o capitalismo não é bom se muda para coreia do norte. Volta para o Brasil". Calma, não é o ponto e a gritaria superficial. A percepção da queda de qualidade de vida, capacidade de compra e perspectivas de trabalho estão em todos os lugares para os indivíduos e novas gerações. Seja nos países desenvolvidos e em muitos em desenvolvimento como Brasil, Argentina e Chile. Por exemplo, não adquirir imóvel próprio, carro/moto e focar em bens baratos como eletrônicos, não ter filhos e evitar casar é em boa parte consequências do sistema.

A discussão real e profunda é como chegou até a situação, os impactos da situação considerando a crise pós-2008 e o colapso do covid-19, como desenhar a reconstrução. Até o momento são grandes pontos de interrogação.




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Pablo Maica
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Re: Crise Econômica Mundial

#6508 Mensagem por Pablo Maica » Dom Abr 12, 2020 1:13 am

A Austrália também está anunciando incentivos para empresas saírem da China.

Um abraço e t+ :)




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P44
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Re: Crise Econômica Mundial

#6509 Mensagem por P44 » Dom Abr 12, 2020 9:20 am

akivrx78 escreveu: Qua Abr 08, 2020 2:44 pm
Europa dividida - chefes financeiros da UE não concordam com o financiamento de resgate de coronavírus de US $ 540 bilhões após a reunião da maratona

Por Viktoria Dendrinou Nikos Chrysoloras e Bloomberg 8 de abril de 2020

Os ministros das Finanças da União Européia não chegaram a acordo sobre um pacote de 500 bilhões de euros (US $ 543 bilhões) para mitigar o impacto econômico da pandemia, prolongando uma paralisia que põe em dúvida a capacidade do bloco de enfrentar a crise.

Em uma teleconferência de emergência que durou mais de 16 horas, os chefes de finanças não conseguiram conciliar suas visões contrastantes quanto aos passos necessários para ajudar as economias européias a se recuperarem, já que os países do sul mais atingido do continente foram confrontados com os estados do norte por dividir os custos de a recessão iminente.

https://fortune.com/2020/04/08/divided- ... t-funding/
Os estados do sul deviam todos abandonar esta "união" que só serviu para engordar o reich e os seus lacaios à volta.

Está mais do que provado que a UE não serve para nada além disso

Aliás os maiores entraves e lições de moral partem da Holanda, o paraíso fiscal da UE

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Bourne
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Re: Crise Econômica Mundial

#6510 Mensagem por Bourne » Dom Abr 12, 2020 12:21 pm

A crise de 2008 não acabou. Ela foi uma prévia do que estava por vir. :roll:
Will COVID-19 Remake the World?
Apr 6, 2020 DANI RODRIK
No one should expect the pandemic to alter – much less reverse – tendencies that were evident before the crisis. Neoliberalism will continue its slow death, populist autocrats will become even more authoritarian, and the left will continue to struggle to devise a program that appeals to a majority of voters.

CAMBRIDGE – Crises come in two variants: those for which we could not have prepared, because no one had anticipated them, and those for which we should have been prepared, because they were in fact expected. COVID-19 is in the latter category, no matter what US President Donald Trump says to avoid responsibility for the unfolding catastrophe. Even though the coronavirus itself is new and the timing of the current outbreak could not have been predicted, it was well recognized by experts that a pandemic of this type was likely.

SARS, MERS, H1N1, Ebola, and other outbreaks had provided ample warning. Fifteen years ago, the World Health Organization revised and upgraded the global framework for responding to outbreaks, trying to fix perceived shortcomings in the global response experienced during the SARS outbreak in 2003.

In 2016, the World Bank launched a Pandemic Emergency Financing Facility to provide assistance to low-income countries in the face of cross-border health crises. Most glaringly, just a few months before COVID-19 emerged in Wuhan, China, a US government report cautioned the Trump administration about the likelihood of a flu pandemic on the scale of the influenza epidemic a hundred years ago, which killed an estimated 50 million people worldwide.

Just like climate change, COVID-19 was a crisis waiting to happen. The response in the United States has been particularly disastrous. Trump downplayed the severity of the crisis for weeks. By the time infections and hospitalizations began to soar, the country found itself severely short of test kits, masks, ventilators, and other medical supplies.

The US did not request test kits made available by the WHO, and failed to produce reliable tests early on. Trump declined to use his authority to requisition medical supplies from private producers, forcing hospitals and state authorities to scramble and compete against one another to secure supplies.

Delays in testing and lockdowns have been costly in Europe as well, with Italy, Spain, France, and the United Kingdom paying a high price. Some countries in East Asia have responded a lot better. South Korea, Singapore, and Hong Kong appear to have controlled the spread of the disease through a combination of testing, tracing, and strict quarantine policies.

Interesting contrasts have emerged within countries as well. In northern Italy, Veneto has done much better than nearby Lombardy, largely owing to more comprehensive testing and earlier imposition of travel restrictions. In the US, the neighboring states of Kentucky and Tennessee reported their first cases of COVID-19 within a day of each other. By the end of March, Kentucky had only a quarter of the number of cases as Tennessee, because the state acted much more quickly to declare a state of emergency and close down public accommodations.

For the most part, though, the crisis has played out in ways that could have been anticipated from the prevailing nature of governance in different countries. Trump’s incompetent, bumbling, self-aggrandizing approach to managing the crisis could not have been a surprise, as lethal as it has been. Likewise, Brazil’s equally vain and mercurial president, Jair Bolsonaro, has, true to form, continued to downplay the risks.

On the other hand, it should come as no surprise that governments have responded faster and more effectively where they still command significant public trust, such as in South Korea, Singapore, and Taiwan.

China’s response was typically Chinese: suppression of information about the prevalence of the virus, a high degree of social control, and a massive mobilization of resources once the threat became clear. Turkmenistan has banned the word “coronavirus,” as well as the use of masks in public. Hungary’s Viktor Orbán has capitalized on the crisis by tightening his grip on power, by disbanding parliament after giving himself emergency powers without time limit.

The crisis seems to have thrown the dominant characteristics of each country’s politics into sharper relief. Countries have in effect become exaggerated versions of themselves. This suggests that the crisis may turn out to be less of a watershed in global politics and economics than many have argued. Rather than putting the world on a significantly different trajectory, it is likely to intensify and entrench already-existing trends.

Momentous events such as the current crisis engender their own “confirmation bias”: we are likely to see in the COVID-19 debacle an affirmation of our own worldview. And we may perceive incipient signs of a future economic and political order we have long wished for.

So, those who want more government and public goods will have plenty of reason to think the crisis justifies their belief. And those who are skeptical of government and decry its incompetence will also find their prior views confirmed. Those who want more global governance will make the case that a stronger international public-health regime could have reduced the costs of the pandemic. And those who seek stronger nation-states will point to the many ways in which the WHO seem to have mismanaged its response (for example, by taking China’s official claims at face value, opposing travel bans, and arguing against masks).

In short, COVID-19 may well not alter – much less reverse – tendencies evident before the crisis. Neoliberalism will continue its slow death. Populist autocrats will become even more authoritarian. Hyper-globalization will remain on the defensive as nation-states reclaim policy space. China and the US will continue on their collision course. And the battle within nation-states among oligarchs, authoritarian populists, and liberal internationalists will intensify, while the left struggles to devise a program that appeals to a majority of voters.

https://www.project-syndicate.org/comme ... 0a33dfd0ed




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