Fonte:
http://www2.fab.mil.br/incaer/images/ev ... lo_caa.pdf
Mirage III:
(...) O emprego operacional na Aviação de Caça do Lockheed T/TF-33A não satisfazia as necessidades do contexto nacional, com a nova capital a ser defendida e muito menos condizia com os vetores da época empregados pelas nações mais desenvolvidas. Havia a compreensão que, para as Unidades de Caça operacionais, eram necessários vetores supersônicos.
Inicialmente, o caça favorito era o Northrop 1A Freedom Fighter (EUA), tanto que, quando os contatos iniciais para a compra não foram ágeis, a FAB buscou versão da referida aeronave em outras fábricas.
Ao tomar tal atitude, a Força Aérea quase assinou o termo de compra da versão canadense do F-5 (o Avro Canada CF-5), produzido sob licença da Northrop.
A compra apenas não foi finalizada devido ao poder de veto da empresa estadunidense, previsto no contrato de licenciamento canadense.
Assim, além do caça original dos Estados Unidos, havia a seguinte relação de competidores:
- Lockheed/FIAT F-104 Starfighter (sob licença italiana);
- BAC Lightning Mk 55 (Grã-Bretanha);
- Dassault Mirage IIIE (França); e
- SAAB J-35 Draken (Suécia).
O MAER autorizou a análise de todos os referidos vetores de caça para iniciar o processo decisório, tendo em vista o melhor balanceamento de fatores tecnológicos, financeiros, diplomáticos e sem olvidar das próprias demandas da FAB. Tal fato implicou na criação da Comissão de Estudos do Projeto da Aeronave de Interceptação (CEPAI).(...)
(...) No tocante ao caça supersônico, desde antes da entrada no decênio, a questão já estava sendo estudada, como anteriormente citado, e, logo em maio de 1970, a decisão foi tomada em favor do Dassault Mirage IIIE, visto que a proposta francesa melhor coadunou com as necessidades brasileiras e
com a disponibilidade financeira para a aquisição. Foram comprados, inicialmente, doze aviões Mirage IIIEBR (monopostos) e quatro aviões Mirage IIIDBR (bipostos).(...)
F-5E:
(...)Assim, a Defesa Aérea e a segurança de Brasília estavam bem encaminhadas com a estruturação da referida OM e a recepção dos novos vetores supersônicos.
Entretanto, as demais unidades de Caça e de instrução de Caça, com exceção do 1º/4º GAv e do CATRE, precisavam de renovação de vetores. Pari pasu ao recebimento dos F-103 e dos AT-26, o MAER e a FAB voltaram a analisar novos aviões a jato no mercado internacional. Foram analisadas aeronaves como:
- Hawker-Siddeley MK 50 (GBR),
- SEPCAT Jaguar International (FRA-GBR),
- FIAT G 91Y (ITA),
- McDonnell-Douglas A-4F Skyhawk (EUA)
- Northrop F-5E Tiger II (EUA).
A escolha foi definida em 1973, quando foi fechado um contrato, junto aos Estados Unidos, para a aquisição dos modelos “B” (biplaces) e “E” do Northrop (monoplaces).
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Quando a FAB selecionaou o um supersônico no final da década de 60, o veto estadunidense foi com relação ao F-5A. O resultado foi o Mirage III, mais “accessível” que o Lightning e o Draken. O F-104S teria o mesmo tipo de limitação do CF-5A do Canadá.
Quanto à ideia de F-4 na FAB, segundo o livro "MIRAGE III EBR/DBR NA FORÇA AÉREA BRASILEIRA – FAB (in the Brazilian Air Force) de Paulo Fernando Kasseb", isso não passou de mera intenção - intenção somente, pois já se sabia que o F-4 era inexequível, pelo seu alto custo de aquisição e manutenção e pelo veto dos EUA em liberar caças supersônicos para a América Latina.
Fonte:
https://books.google.com.br/books?id=ju ... &q&f=false
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