Sinceramente eu nunca ouvi ou li nada a respeito desse problema de transporte aéreo. E caso realmente exista, a solução para isso deveria ser prioridade para o MD.FCarvalho escreveu:Eu concordo consigo, mas há de se ver se a FAB teria toda essa disponibilidade. Um dos reclamos mais frequentes, e contundentes, das demais forças em relação a questão de transporte/apoio aéreo é que a FAB nunca deu conta integralmente das necessidades das demais forças, mal ou bem priorizando suas próprias necessidades. Tanto é assim que a Avex foi retomada a 3 décadas atrás e a aviação naval só não tem seus aviões de carga por causa de uma lei anacrônica defendida ferozmente pela mesma FAB durante décadas.Penguin escreveu:Tirando a US Navy, nenhuma outra marinha opera aeronaves do porte do C-130 para carga.É muito mais barato MB e FAB se entenderem. Deve-se buscar maximizar recursos e melhorar a gestão e a coordenação e integração entre as forças. Fora desse caminho não tem salvação.
Mas eu não vejo problema na MB manter seus próprios KC-390. O que importa no final é ter um bom contrato de CLS para ambas as frotas e economizar onde deve e pode ser economizado, para que os aviões passem a maior parte do tempo fazendo o que foram comprados para fazer: voar.
Mas no caso disso não entrar em pauta, há de se ver se as 30 aeronaves que se supõe irão compor a frota da FAB serão suficientes para atender a todos, o que eu duvido, vide o caso da média da nossa disponibilidade de frota ao longo dos últimos anos. Mesmo quando a FAB operava 22 C-130 as reclamações das forças co-irmãs eram as mesmas de hoje. Óbvio que a FAB nunca conseguiu apresentar uma operacionalidade de 100% daquelas aeronaves, ou mesmo das demais de transporte, mesmo que quisesse, e no curto/médio prazo nada nos diz que com o KC-390 e o C-105 será diferente.
Eu não vejo qualquer óbice para que Avex e AN cheguem a operar o KC-390. Mas se não o fizerem, bem, a FAB então vai ter que rever os seus números de encomendas daquela aeronave, e de seus planos de custeio e investimento. Porque se não funcionou antes com os C-130, dificilmente irá funcionar com o KC-390 também.
Soluções meia boca já não são mais aceitas pelas demais forças. E a FAB é sabedora disso, e tem apoiado onde e como possível o alargamento do horizonte operacional da aviação de suas forças co-irmãs. Nada mais natural para um país onde tudo tende ao mal costume de ou chegar atrasado ou já fora de contexto da realidade atual.
Mas esse é o nosso Brasil... de ontem, de hoje e de sempre.
abs.
De qualquer forma existem soluções que as forças podem tomar, sem resultar na aquisição de aeronaves, cuja posse implica em investimentos e em toda uma estrutura de custos operacionais.
A FAB, por exemplo, no contrato de aluguel dos 767, adquiriu uma certa quantidade de horas de voo por ano. Ela não é a dona da aeronave e nem presta manutenção. Esquema similar poderia ser adotado por Marinha ou EB caso realmente tenham necessidade. Inclusive nem os pilotos poderiam ser militares.
Creio que o EB e a Marinha deveria focar seus parcos recursos para investimentos e operações no seu core business.