Lord Nauta escreveu:FCarvalho escreveu:Compras por oportunidade não estão sendo mais consideradas pela MB atualmente. Ou é a CV-3 ou é nada. As atuais escoltas vão ser mantidas o quanto possível, até a última dar baixa. Se vamos ter com o que substituí-las, acho muito difícil prever isso agora. Com o atual cenário político e econômico do jeito que está, qualquer decisão provavelmente só deverá ser tomada pelo próximo governo a partir de 2019, que como de praxe, deverá deixar para 2020 ou mais adiante qualquer decisão sobre investimentos nas ffaa's após a "revisão das contas" que sempre se faz a cada governo.
O fato e que o maior interesse do MD de plantão em relação a navios novos para a MB e o projeto dos NaPa 500 BR. A MB caminha inexoravelmente para se tornar nos próximos anos uma força de guarda costeira.
Sds
Lord Nauta
Nauta, eu tenho opinião formada quanto a isso. A MB não pode reclamar de se tornar uma guarda costeira, porque ela já é uma!
O trabalho das capitanias dos portos e dos distritos navais tem caráter essencialmente administrativo e policialesco, naquilo que se refere as fluviais e marítimas do país. A MB tem funções de polícia naval desde sempre. Competindo inclusive com o DPF em algumas questões.
Convenhamos meu velho amigo, se a MB resolvesse largar esse osso, e dar espaço para a criação de uma verdadeira guarda costeira, com certeza, no mínimo, ela poderia se concentrar em assuntos que realmente são pertinentes a uma esquadra de mar azul, como ela mesma quer se fazer crer.
O que se passa em águas marrons é, e deve ser, prioritariamente, responsabilidade de uma guarda costeira. Não adianta. A MB vai ser tratada como guarda costeira pelo resto de sua existência enquanto ela continuar não abrindo mão de carregar este fardo com ela. Os políticos entendem o porque de termos uma guarda costeira, que para eles rima com segurança pública, mas não uma marinha de guerra.
Sejamos honestos, o tempo que a MB perde com projetos de navios patrulha, ela poderia estar investindo em corvetas, fragatas e outros navios e aviação naval que compõe realmente uma esquadra.
Aliás, talvez fosse até mais fácil conseguir a atenção, e os recursos necessários para isso dentro de um planejamento de longo prazo no qual se pudesse fazer os investimentos necessários aos poucos na industria naval nacional e na BID. Como sempre se tentou fazer com as Niterói, Inhaúma e Barroso.
Compra 4 corvetas agora, depois mais 4, depois parte para as fragatas, desenvolve uma família destes navios, e por aí vai.Para não falar dos navios de apoio. Enfim, projetos é o que não falta no CPN.
Ademais, vamos ter muita sorte se pelo menos os Napa 500 BR saírem do papel até 2020. Na verdade penso que além das CV-3 os NaPaOc BR deveriam ser prioridade agora. Ou fazemos com que sobrou da nossa capacidade de projetar e construir navios militares consiga manter o nariz fora d'água, ou vamos estar repetindo os mesmos erros de 40, 30 anos atrás.
Acredito que o almirantado consiga aprender com os erros da MB. Ao menos assim espero.
abs.
Um mal é um mal. Menor, maior, médio, tanto faz… As proporções são convencionadas e as fronteiras, imprecisas. Não sou um santo eremita e não pratiquei apenas o bem ao longo de minha vida. Mas, se me couber escolher entre dois males, prefiro abster-me por completo da escolha.
A. Sapkowski