Juniorbombeiro escreveu:Eu até acho que com uma dose certa de ousadia, dá para entrar nessa briga, como você mesmo falou, o C-130J é um projeto que já atingiu o seu limite. Independente do FX-2, temos como atrair a Boeing para o KC-390, e de quebra a SAAB, acho que o Boeing/Saab T-X (para mim é o vencedor certo) tem todas as condições para evoluir para um novo F-5E (assim com o Gripen pode ser um novo Mirage III), só espero que façamos certo desta vez (mais Mirages e menos F-5E). Essa poderia ser uma boa desculpa para uma simbiose Boeing/Embraer/Saab. Obviamente, se deixar, a LM vai espernear e vai montar em cima, para vender C-130J ad eternum para a NATO enquanto a USAF não exigir coisa melhor. A Embraer tem um produto melhor, num timing melhor. Mas para entrar nessa briga, tem que ser macho, tem que ter governo macho, se entrar de arrasta balde, vai tomar ferro bonito.
A Embraer, que não é besta e nem nada, desde o lançamento do KC-390 tem assuntado por aí que o mesmo "não tem a pretensão de concorrer diretamente com o C-130J". Que o mercado dele é específico e tem público objetivo bem maior que os usuários daquele avião. Claro que é um engodo, e todo mundo sabe disso, mas a propaganda vendida lá fora é essa. É verdade que ele será dentro da sua classe, em 10 ou 20 anos, a referência para tudo que for cargo lift militar. E a Boeing sabe disso. A LM mais ainda. Sabendo disso, outros países tradicionais produtores de aviões cargo militares estão se mexendo e lançando projetos baseados naquilo que o KC-390 tem oferecido como referencia. Tanto que até agora, em termos de capacidade homóloga ao -J da LM são os modelos indo-russo e ucraniano. A Airbus não tem nada parecido, mas aposta no A400M. A China está concentrada em produzir ao menos 400 undes dos seus Y-20. Então, cedo ou tarde, a USAF terá de pensar no que vai querer após o C-130J abrir o bico, o que obviamente ainda vai demorar bastante. Mas terá de ser feito. E quando for, ela terá de olhar pela janela, já que dentro de casa não terá algo parecido ou mesmo próximo sendo comercializado por empresas americanas.
A Boeing está vendo tudo isso. A LM também. A Embraer, que repito, não é boa e nem nada, também percebeu as possibilidades. Se o governo aqui dentro não atrapalhar, e até der uma força ao projeto, ele pode até não chegar nas tais 700 e poucas undes do mercado previsto para ele. Mas já vai ser grandes coisa se ele passar de 60 então prevista no escopo inicial do projeto.
A ver.
abs.