Curdistão: Desdobramentos
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Re: Curdistão: Desdobramentos
No que diz respeito a imperialismo os americanos são uns amadores. Estivesse a Grã-Bretanha nessa posição, Os curdos iriam ter o maior apoio possivel.
Kids - there is no Santa. Those gifts were from your parents. Happy New Year from Wikileaks
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Re: Curdistão: Desdobramentos
Poderia ser diferente agora já que os britânicos massacraram este povo e fizeram questão de esquartejar seu território.
" Este povo deve ser massacrado até o último". Winston Churchill
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- rodrigo
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Re: Curdistão: Desdobramentos
Ainda bem que não morreu nenhum palestino, senão...Civilian toll of Iranian raids in northern Iraq enrages Kurds
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
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Re: Curdistão: Desdobramentos
http://mideast.foreignpolicy.com/
Uma onda sem precedentes de protestos de massa sobre a liberdade de expressão em declínio tomou conta do Curdistão iraquiano durante as últimas semanas. Os protestos foram desencadeados pela morte recente do misterioso jovem jornalista curdo Sardasht Osman, um estudante de 23 anos que tinha escrito em publicações locais e um Web site com sede na Europa curdos que são críticos do Governo Regional do Curdistão (KRG) e seus únicos dois partidos - o Partido Democrático do Curdistão (KDP) ea União Patriótica do Curdistão (PUK). Osman - cujo corpo foi encontrado, torturado em Mosul - tinha escrito ensaios ferozmente crítico sobre partidos governantes da região e seus líderes. Apesar de sua morte é o único incidente nos últimos anos, vários dos jornalistas na região do Curdistão, muitos jornalistas temem por suas vidas.
Quem apoia os assassinos dos jornalistas? Obama e Shimon Peres...Lawrence deve se remexer no túmulo como esses fascistas no poder massacrando o OM.
Uma onda sem precedentes de protestos de massa sobre a liberdade de expressão em declínio tomou conta do Curdistão iraquiano durante as últimas semanas. Os protestos foram desencadeados pela morte recente do misterioso jovem jornalista curdo Sardasht Osman, um estudante de 23 anos que tinha escrito em publicações locais e um Web site com sede na Europa curdos que são críticos do Governo Regional do Curdistão (KRG) e seus únicos dois partidos - o Partido Democrático do Curdistão (KDP) ea União Patriótica do Curdistão (PUK). Osman - cujo corpo foi encontrado, torturado em Mosul - tinha escrito ensaios ferozmente crítico sobre partidos governantes da região e seus líderes. Apesar de sua morte é o único incidente nos últimos anos, vários dos jornalistas na região do Curdistão, muitos jornalistas temem por suas vidas.
Quem apoia os assassinos dos jornalistas? Obama e Shimon Peres...Lawrence deve se remexer no túmulo como esses fascistas no poder massacrando o OM.
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
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Re: Curdistão: Desdobramentos
http://www.google.com/hostednews/afp/ar ... SxUjvtxraA
tropas turcas entram no Iraque, matam quatro rebeldes curdos.
ANKARA - na quarta-feira soldados turcos cruzaram a fronteira norte do Iraque em busca de rebeldes curdos, pela primeira vez em dois anos e bombardearam alvos na fronteira, matando quatro militantes, disse o Exército.
A operação transfronteiriça veio em resposta a um ataque do Curdistão Workers 'Party (PKK), aos guardas de fronteira, perto da fronteira iraquiana, o último de uma série de ataques sangrentos pelos rebeldes.
O ataque à base, na província sudeste de Sirnak at 1:00 am (2200 GMT) desencadeou um confronto que durou várias horas em que um soldado turco foi morto, disse o Exército em um comunicado em seu site.
Comandos e forças especiais turcas em seguida, seguiu os rebeldes depois de terem fugido para o norte do Iraque "após o ataque teve êxito", acrescentou.
"Quatro terroristas foram mortos em confrontos na fronteira e 2-3 quilómetros" (1,2 a 1,8 milhas), dentro do território iraquiano, a instrução do Exército.
Os soldados turcos "estão ainda em curso uma varredura da região", acrescentou.
caças turcos bombardearam também um grupo de rebeldes, bem como argamassas e posições dos canhões anti-aéreos detectaram um interior mais profundo do norte do Iraque, conseguiu bater as metas, acrescentou o comunicado.
O canal de notícias NTV informou que o 600-800 soldados estavam participando da invasão por terra.
A agência de notícias pró-curda Firat - considerado pela Turquia para ser um porta-voz do PKK - disse em seu site que os rebeldes tinham confirmado uma incursão turca de cerca de duas a três quilômetros dentro do Iraque.
A agência também citou os rebeldes dizendo que o exército turco sofreu pesadas perdas no ataque contra os guardas de fronteira, mas não dão uma figura.
Ercan Citlioglu, um especialista em terrorismo e grupos proibiu, disse que parecia ser mais uma operação de curto prazo com as tropas voltavam para casa depois de atingir os seus objectivos, ao invés de uma incursão em larga escala longa.
Mas ele disse ao canal de notícias NTV foi uma "mensagem" para os curdos iraquianos a tomar medidas contra o PKK, e também aos rebeldes que eles teriam de enfrentar as consequências de atacar alvos turcos.
rebeldes do PKK há muito se refugiaram em regiões remotas bases montanhosas curdas no norte do Iraque, prazo que eles usam como plataforma de lançamento para ataques contra alvos turcos na fronteira.
O grupo, classificado como organização terrorista por Ancara, e grande parte da comunidade internacional, foi recentemente intensificou os ataques contra as forças de segurança, principalmente no sudeste curdo da Turquia.
Em um de seus ataques mais sangrentos dos últimos meses, os rebeldes dispararam foguetes em uma base naval no porto do sul do Mediterrâneo Iskenderun no mês passado, matando seis soldados.
A Turquia tem frequentemente acusado os curdos iraquianos de tolerar e até ajudar o PKK, mas recentemente substituiu a retórica hostil com uma política de buscar a cooperação com as autoridades locais para conter os rebeldes.
O chefe da administração curda do norte do Iraque, Massud Barzani, prometeu "todos os esforços" para acabar com a violência do PKK contra a Turquia, quando ele fez uma visita a Ancara, no início deste mês depois de anos de animosidade.
O exército turco tem sido palco de uma série de ataques aéreos contra bases do PKK no norte do Iraque desde dezembro de 2007, muitas vezes com a ajuda da inteligência E.U., e em Fevereiro de 2008 realizou uma incursão terrestre ao longo da semana.
Cerca de 45.000 pessoas foram mortas em conflitos desde 1984, quando o PKK pegou em armas contra Ancara para auto-governo de maioria curda no sudeste da Turquia.
tropas turcas entram no Iraque, matam quatro rebeldes curdos.
ANKARA - na quarta-feira soldados turcos cruzaram a fronteira norte do Iraque em busca de rebeldes curdos, pela primeira vez em dois anos e bombardearam alvos na fronteira, matando quatro militantes, disse o Exército.
A operação transfronteiriça veio em resposta a um ataque do Curdistão Workers 'Party (PKK), aos guardas de fronteira, perto da fronteira iraquiana, o último de uma série de ataques sangrentos pelos rebeldes.
O ataque à base, na província sudeste de Sirnak at 1:00 am (2200 GMT) desencadeou um confronto que durou várias horas em que um soldado turco foi morto, disse o Exército em um comunicado em seu site.
Comandos e forças especiais turcas em seguida, seguiu os rebeldes depois de terem fugido para o norte do Iraque "após o ataque teve êxito", acrescentou.
"Quatro terroristas foram mortos em confrontos na fronteira e 2-3 quilómetros" (1,2 a 1,8 milhas), dentro do território iraquiano, a instrução do Exército.
Os soldados turcos "estão ainda em curso uma varredura da região", acrescentou.
caças turcos bombardearam também um grupo de rebeldes, bem como argamassas e posições dos canhões anti-aéreos detectaram um interior mais profundo do norte do Iraque, conseguiu bater as metas, acrescentou o comunicado.
O canal de notícias NTV informou que o 600-800 soldados estavam participando da invasão por terra.
A agência de notícias pró-curda Firat - considerado pela Turquia para ser um porta-voz do PKK - disse em seu site que os rebeldes tinham confirmado uma incursão turca de cerca de duas a três quilômetros dentro do Iraque.
A agência também citou os rebeldes dizendo que o exército turco sofreu pesadas perdas no ataque contra os guardas de fronteira, mas não dão uma figura.
Ercan Citlioglu, um especialista em terrorismo e grupos proibiu, disse que parecia ser mais uma operação de curto prazo com as tropas voltavam para casa depois de atingir os seus objectivos, ao invés de uma incursão em larga escala longa.
Mas ele disse ao canal de notícias NTV foi uma "mensagem" para os curdos iraquianos a tomar medidas contra o PKK, e também aos rebeldes que eles teriam de enfrentar as consequências de atacar alvos turcos.
rebeldes do PKK há muito se refugiaram em regiões remotas bases montanhosas curdas no norte do Iraque, prazo que eles usam como plataforma de lançamento para ataques contra alvos turcos na fronteira.
O grupo, classificado como organização terrorista por Ancara, e grande parte da comunidade internacional, foi recentemente intensificou os ataques contra as forças de segurança, principalmente no sudeste curdo da Turquia.
Em um de seus ataques mais sangrentos dos últimos meses, os rebeldes dispararam foguetes em uma base naval no porto do sul do Mediterrâneo Iskenderun no mês passado, matando seis soldados.
A Turquia tem frequentemente acusado os curdos iraquianos de tolerar e até ajudar o PKK, mas recentemente substituiu a retórica hostil com uma política de buscar a cooperação com as autoridades locais para conter os rebeldes.
O chefe da administração curda do norte do Iraque, Massud Barzani, prometeu "todos os esforços" para acabar com a violência do PKK contra a Turquia, quando ele fez uma visita a Ancara, no início deste mês depois de anos de animosidade.
O exército turco tem sido palco de uma série de ataques aéreos contra bases do PKK no norte do Iraque desde dezembro de 2007, muitas vezes com a ajuda da inteligência E.U., e em Fevereiro de 2008 realizou uma incursão terrestre ao longo da semana.
Cerca de 45.000 pessoas foram mortas em conflitos desde 1984, quando o PKK pegou em armas contra Ancara para auto-governo de maioria curda no sudeste da Turquia.
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Re: Curdistão: Desdobramentos
19/06/2010 - 06h01 / Atualizada 19/06/2010 - 06h21 PKK mata 8 soldados turcos em ataque a posto militar
Ancara, 19 jun (EFE).- Oito soldados turcos morreram hoje em um ataque do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) a um posto militar na província sudeste de Hakarri, perto da fronteira iraquiana.
Segundo confirmou em comunicado o Estado-Maior turco, o ataque a este batalhão fronteiriço aconteceu por volta das 2h (hora local, 22h de Brasília de sexta-feira).
A nota acrescenta que após o ataque se ordenou uma ampla operação militar com o desdobramento de tropas de reforço na região, apoiadas por fogo de artilharia e helicópteros.
Como parte da operação, a Força Aérea realizou várias incursões para bombardear bases do PKK no norte do Iraque.
Segundo o Exército, pelo menos 12 militantes do PKK morreram nesta operação.
Já na sexta-feira, o Estado-Maior turco advertiu em comunicado que se esperava um aumento das atividades do PKK nos próximos dias.
Nesse mesmo anúncio, o Exército assegurou que cerca de 130 rebeldes curdos tinham sido abatidos pelas Forças Armadas desde março passado.
Essa informação se tornou pública dois dias após uma incursão de tropas turcas em território iraquiano para perseguir um grupo de militantes do PKK, que dispõe de bases nas montanhas do norte do país.
Além disso, a imprensa local informou recentemente que 40 soldados foram abatidos nos dois últimos meses pelo PKK, um grupo considerado terrorista pela União Europeia e pelos Estados Unidos.
O PKK advertiu há dois meses sobre seus planos de atacar alvos militares e econômicos também no oeste da Turquia, dentro de uma nova estratégia de "defesa ativa".O PKK se levantou em armas em 1984 contra Ancara para exigir a autonomia dos 12 milhões de curdos que vivem na Turquia. Desde então, calcula-se que cerca de 40 mil pessoas morreram nos confrontos entre os guerrilheiros e as forças de segurança.
Ancara, 19 jun (EFE).- Oito soldados turcos morreram hoje em um ataque do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) a um posto militar na província sudeste de Hakarri, perto da fronteira iraquiana.
Segundo confirmou em comunicado o Estado-Maior turco, o ataque a este batalhão fronteiriço aconteceu por volta das 2h (hora local, 22h de Brasília de sexta-feira).
A nota acrescenta que após o ataque se ordenou uma ampla operação militar com o desdobramento de tropas de reforço na região, apoiadas por fogo de artilharia e helicópteros.
Como parte da operação, a Força Aérea realizou várias incursões para bombardear bases do PKK no norte do Iraque.
Segundo o Exército, pelo menos 12 militantes do PKK morreram nesta operação.
Já na sexta-feira, o Estado-Maior turco advertiu em comunicado que se esperava um aumento das atividades do PKK nos próximos dias.
Nesse mesmo anúncio, o Exército assegurou que cerca de 130 rebeldes curdos tinham sido abatidos pelas Forças Armadas desde março passado.
Essa informação se tornou pública dois dias após uma incursão de tropas turcas em território iraquiano para perseguir um grupo de militantes do PKK, que dispõe de bases nas montanhas do norte do país.
Além disso, a imprensa local informou recentemente que 40 soldados foram abatidos nos dois últimos meses pelo PKK, um grupo considerado terrorista pela União Europeia e pelos Estados Unidos.
O PKK advertiu há dois meses sobre seus planos de atacar alvos militares e econômicos também no oeste da Turquia, dentro de uma nova estratégia de "defesa ativa".O PKK se levantou em armas em 1984 contra Ancara para exigir a autonomia dos 12 milhões de curdos que vivem na Turquia. Desde então, calcula-se que cerca de 40 mil pessoas morreram nos confrontos entre os guerrilheiros e as forças de segurança.
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Re: Curdistão: Desdobramentos
The New York Times
Bombardeios na fronteira entre Irã e Iraque sem previsão de acabar
29/06/2010
Ali Rash, uma aldeia remota que fica no alto de uma cadeia de montanhas na fronteira entre o Irã e o Iraque, está deserta; seus moradores fugiram dos bombardeios aéreos e de artilharia carregando o máximo que podiam, incluindo os animais que conseguiram descer as íngremes encostas.
Agora, as centenas de curdos que deixaram Ali Rash e outras aldeias montanhosas estão vivendo em acampamentos de refugiados e se tornaram assunto principal do debate sobre o desejo e a disposição do Iraque em defender suas fronteiras com o Irã - invadidas várias vezes nos últimos meses.
Os ataques à aldeia Ali Rash, e em pelo menos uma dúzia de outras aldeias curdas, persistem há mais de um mês e incluíram ataques por tanques iranianos em até 1,5 km no território do Iraque.
Mas causaram apenas protestos pouco entusiásticos por parte do governo do Iraque, incluindo a divulgação de um comunicado apelando aos países vizinhos para que respeitassem suas fronteiras.
O governo iraniano alegou que sua campanha de bombardeios é necessária para enfraquecer os guerrilheiros curdos que atacam o Irã e se refugiam no Iraque.
Até agora, a única vítima confirmada foi uma garota de 14 anos.
Porém, as invasões estão ocorrendo em um momento crítico para o Iraque - em meio ao impasse político sobre quem deve liderar o novo governo, mais de três meses após uma divisão de eleitores nas urnas, e menos de três meses antes da retirada dos últimos soldados americanos do país, como programado.
As forças americanas continuam a patrulhar algumas áreas dos 1,46 mil quilômetros de fronteira entre Irã e Iraque, mas, nas aldeias das montanhas Qandil, as mais afetadas pela ofensiva iraniana, não há soldados norte-americanos, iraquianos ou curdos - e os refugiados alegam estar recebendo pouca assistência.
"Nos abandonaram", disse Bahar Ibrahim, 27, refugiada de Ali Rash, grávida de oito meses.
Nas aldeias de Ali Rash e Sharkhan, crateras de munições iranianas deixaram marcas nos pastos e os terrenos ao redor das precárias casas de pedra.
As centenas de pessoas que viviam nas aldeias se encontram agora em campos de refugiados.
Apenas alguns cavalos abandonados permaneceram.
Até mesmo as abelhas-de-mel foram levadas para locais mais seguros.
Nas encostas, onde os moradores cultivavam trigo, a terra está queimada e escura.
Os bombardeios dão continuadade às invasões na fronteira iraniana, que vêm ocorrendo há 13 meses.
Em maio, um ataque por helicóptero nas aldeias curdas no norte do Iraque e, em dezembro, a ocupação por soldados iranianos do campo petroleiro de Fakka, no sudeste do Iraque, que durou três dias.
Em maio, as tropas iranianas se envolveram num tiroteio com os pesh merga, as forças de segurança curda, ao longo da fronteira, e, logo depois disso, capturaram e detiveram um soldado persh merga, que, segundo as autoridades iranianas, foi confundido com um membro do Partido da Vida Livre no Curdistão, mais conhecido como PJAK.
O PJAK, que está buscando maior autodeterminação no Irã e no seu grupo aliado, o Partido dos Trabalhadores do Curdistão, ou PKK, que está lutando pela autonomia curda na Turquia, usa posições remotas na região curda do Iraque para realizar os ataques, segundo os governos iraniano e turco.
A Turquia também bombardeia áreas iraquianas a fim que perseguir os rebeldes.
Há poucos dias, confrontos entre soldados turcos e guerrilheiros do PKK levaram à morte de quatro guerrilheiros e de um soldado turco.
Logo em seguida, as autoridades turcas alegaram ter lançado bombas sobre a região curda do Iraque e que seus soldados haviam invadido cerca de dois quilômetros do território iraquiano para perseguir os guerrilheiros.
Os grupos guerrilheiros curdos são classificados como organizações terroristas pelo governo dos Estados Unidos, embora o PJAK já tivesse tido contato com as autoridades norte-americanas há não menos que quatro anos.
O PJAK continua afirmando que seus ataques ao Irã já foram justificados.
"Nós nunca matamos civis", afirmou Haval Kahlwr, porta-voz do PJAK.
"Estamos envolvidos em uma guerra defensiva que é internacionalmente definida como legal".
Dirigentes da região curda do Iraque criticaram Bagdá por não ter conseguido convencer as autoridades iranianas a cessar os ataques.
Os membros regionais curdos também negam apoiar a guerrilha.
"O bombardeio continua, e isso significa que o governo iraquiano não assumiu uma posição séria sobre esse assunto", disse Twana Ahmad, porta-voz de Barham Salih, primeiro-ministro do governo regional curdo.
O Irã anunciou diversas vezes, nas últimas seis semanas, que suspendeu os bombardeios, apenas para retomar após um ou dois dias, segundo moradores das aldeias e funcionários curdos.
Refugiados curdos dizem que mesmo após o fim dos bombardeios, anos serão necessários para que a região volte a ser segura economicamente, isso porque as bombas queimaram suas plantações de trigo e mataram seus animais.
Enquanto isso, eles recebem água de grupos de ajuda humanitária e compram alimentos de comerciantes itinerantes, que cobram o dobro do preço dos mercados.
Alguns estão vivendo em barracas há semanas, e oficiais da saúde dizem que as condições insalubres nos campos podem causar surtos de doenças.
Sabria Salih, 26, mãe de um bebê de oito meses, disse que Ali Rash - a aldeia da qual fugiu há mais de quatro semanas - havia sofrido fortes ataques por parte das forças iranianas.
"Deixamos quase tudo para trás", diz.
"Temos apenas alguns cobertores".
Ela disse que o governo iraniano estava enganado quando acreditou que havia guerrilheiros escondidos nas aldeias.
"Ninguém do PJAK foi morto ou ferido nos ataques", afirmou.
"E ninguém nunca viu membros do PJAK em nossa aldeia".
Zaid Thaker contribuiu com a reportagem.
Tradução: Fernanda Goulart.
Bombardeios na fronteira entre Irã e Iraque sem previsão de acabar
29/06/2010
Ali Rash, uma aldeia remota que fica no alto de uma cadeia de montanhas na fronteira entre o Irã e o Iraque, está deserta; seus moradores fugiram dos bombardeios aéreos e de artilharia carregando o máximo que podiam, incluindo os animais que conseguiram descer as íngremes encostas.
Agora, as centenas de curdos que deixaram Ali Rash e outras aldeias montanhosas estão vivendo em acampamentos de refugiados e se tornaram assunto principal do debate sobre o desejo e a disposição do Iraque em defender suas fronteiras com o Irã - invadidas várias vezes nos últimos meses.
Os ataques à aldeia Ali Rash, e em pelo menos uma dúzia de outras aldeias curdas, persistem há mais de um mês e incluíram ataques por tanques iranianos em até 1,5 km no território do Iraque.
Mas causaram apenas protestos pouco entusiásticos por parte do governo do Iraque, incluindo a divulgação de um comunicado apelando aos países vizinhos para que respeitassem suas fronteiras.
O governo iraniano alegou que sua campanha de bombardeios é necessária para enfraquecer os guerrilheiros curdos que atacam o Irã e se refugiam no Iraque.
Até agora, a única vítima confirmada foi uma garota de 14 anos.
Porém, as invasões estão ocorrendo em um momento crítico para o Iraque - em meio ao impasse político sobre quem deve liderar o novo governo, mais de três meses após uma divisão de eleitores nas urnas, e menos de três meses antes da retirada dos últimos soldados americanos do país, como programado.
As forças americanas continuam a patrulhar algumas áreas dos 1,46 mil quilômetros de fronteira entre Irã e Iraque, mas, nas aldeias das montanhas Qandil, as mais afetadas pela ofensiva iraniana, não há soldados norte-americanos, iraquianos ou curdos - e os refugiados alegam estar recebendo pouca assistência.
"Nos abandonaram", disse Bahar Ibrahim, 27, refugiada de Ali Rash, grávida de oito meses.
Nas aldeias de Ali Rash e Sharkhan, crateras de munições iranianas deixaram marcas nos pastos e os terrenos ao redor das precárias casas de pedra.
As centenas de pessoas que viviam nas aldeias se encontram agora em campos de refugiados.
Apenas alguns cavalos abandonados permaneceram.
Até mesmo as abelhas-de-mel foram levadas para locais mais seguros.
Nas encostas, onde os moradores cultivavam trigo, a terra está queimada e escura.
Os bombardeios dão continuadade às invasões na fronteira iraniana, que vêm ocorrendo há 13 meses.
Em maio, um ataque por helicóptero nas aldeias curdas no norte do Iraque e, em dezembro, a ocupação por soldados iranianos do campo petroleiro de Fakka, no sudeste do Iraque, que durou três dias.
Em maio, as tropas iranianas se envolveram num tiroteio com os pesh merga, as forças de segurança curda, ao longo da fronteira, e, logo depois disso, capturaram e detiveram um soldado persh merga, que, segundo as autoridades iranianas, foi confundido com um membro do Partido da Vida Livre no Curdistão, mais conhecido como PJAK.
O PJAK, que está buscando maior autodeterminação no Irã e no seu grupo aliado, o Partido dos Trabalhadores do Curdistão, ou PKK, que está lutando pela autonomia curda na Turquia, usa posições remotas na região curda do Iraque para realizar os ataques, segundo os governos iraniano e turco.
A Turquia também bombardeia áreas iraquianas a fim que perseguir os rebeldes.
Há poucos dias, confrontos entre soldados turcos e guerrilheiros do PKK levaram à morte de quatro guerrilheiros e de um soldado turco.
Logo em seguida, as autoridades turcas alegaram ter lançado bombas sobre a região curda do Iraque e que seus soldados haviam invadido cerca de dois quilômetros do território iraquiano para perseguir os guerrilheiros.
Os grupos guerrilheiros curdos são classificados como organizações terroristas pelo governo dos Estados Unidos, embora o PJAK já tivesse tido contato com as autoridades norte-americanas há não menos que quatro anos.
O PJAK continua afirmando que seus ataques ao Irã já foram justificados.
"Nós nunca matamos civis", afirmou Haval Kahlwr, porta-voz do PJAK.
"Estamos envolvidos em uma guerra defensiva que é internacionalmente definida como legal".
Dirigentes da região curda do Iraque criticaram Bagdá por não ter conseguido convencer as autoridades iranianas a cessar os ataques.
Os membros regionais curdos também negam apoiar a guerrilha.
"O bombardeio continua, e isso significa que o governo iraquiano não assumiu uma posição séria sobre esse assunto", disse Twana Ahmad, porta-voz de Barham Salih, primeiro-ministro do governo regional curdo.
O Irã anunciou diversas vezes, nas últimas seis semanas, que suspendeu os bombardeios, apenas para retomar após um ou dois dias, segundo moradores das aldeias e funcionários curdos.
Refugiados curdos dizem que mesmo após o fim dos bombardeios, anos serão necessários para que a região volte a ser segura economicamente, isso porque as bombas queimaram suas plantações de trigo e mataram seus animais.
Enquanto isso, eles recebem água de grupos de ajuda humanitária e compram alimentos de comerciantes itinerantes, que cobram o dobro do preço dos mercados.
Alguns estão vivendo em barracas há semanas, e oficiais da saúde dizem que as condições insalubres nos campos podem causar surtos de doenças.
Sabria Salih, 26, mãe de um bebê de oito meses, disse que Ali Rash - a aldeia da qual fugiu há mais de quatro semanas - havia sofrido fortes ataques por parte das forças iranianas.
"Deixamos quase tudo para trás", diz.
"Temos apenas alguns cobertores".
Ela disse que o governo iraniano estava enganado quando acreditou que havia guerrilheiros escondidos nas aldeias.
"Ninguém do PJAK foi morto ou ferido nos ataques", afirmou.
"E ninguém nunca viu membros do PJAK em nossa aldeia".
Zaid Thaker contribuiu com a reportagem.
Tradução: Fernanda Goulart.
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Re: Curdistão: Desdobramentos
Atualizado em 26 de setembro, 2010 - 20:02 (Brasília) 23:02 GMT
Irã mata 30 guerrilheiros curdos no Iraque, diz Guarda Revolucionária
A televisão estatal iraniana informou neste domingo que a Guarda Revolucionária do Irã cruzou a fronteira e matou 30 militantes curdos no Iraque, considerados culpados por um ataque contra um desfile militar na semana passada.
O ataque ocorrido na cidade de Mahabad, noroeste do Irã, matou 12 pessoas, a maioria mulheres e crianças.
A televisão estatal citou o comandante da Guarda Revolucionária, Abdolrasoul Mahmoudabad, que teria dito que seus soldados ainda estão perseguindo o que ele chamou de "grupo terrorista".
O comandante teria dito ao canal de televisão que os "terroristas" foram mortos no sábado em um confronto "além da fronteira" do Iraque.
De acordo com a entrevista de Mahmoudabad, a Guarda Revolucionária ainda está perseguindo dois militantes curdos que teriam conseguido escapar. O comandante da guarda de elite não deu mais detalhes da operação.
O fato de uma autoridade iraniana admitir operações além da fronteira é algo raro no país.
Ataque
Até o momento nenhum grupo assumiu a autoria do ataque na cidade de Mahabad, ocorrido no dia 22 de setembro.
Um governador de província iraniana responsabilizou "grupos contrarrevolucionários" pelo ataque contra o desfile militar, ocorrido no 30º aniversário do começo da guerra entre Irã e Iraque.
Há tempos os militantes são ativos na região, quer conta também com uma população curda considerável entre seus habitantes.
Os separatistas curdos, baseados no norte do Iraque, também são responsáveis por uma longa campanha de guerrilha dentro da Turquia e entraram em confrontos regularmente com as forças de segurança iranianas.
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticia ... osfn.shtml
Irã mata 30 guerrilheiros curdos no Iraque, diz Guarda Revolucionária
A televisão estatal iraniana informou neste domingo que a Guarda Revolucionária do Irã cruzou a fronteira e matou 30 militantes curdos no Iraque, considerados culpados por um ataque contra um desfile militar na semana passada.
O ataque ocorrido na cidade de Mahabad, noroeste do Irã, matou 12 pessoas, a maioria mulheres e crianças.
A televisão estatal citou o comandante da Guarda Revolucionária, Abdolrasoul Mahmoudabad, que teria dito que seus soldados ainda estão perseguindo o que ele chamou de "grupo terrorista".
O comandante teria dito ao canal de televisão que os "terroristas" foram mortos no sábado em um confronto "além da fronteira" do Iraque.
De acordo com a entrevista de Mahmoudabad, a Guarda Revolucionária ainda está perseguindo dois militantes curdos que teriam conseguido escapar. O comandante da guarda de elite não deu mais detalhes da operação.
O fato de uma autoridade iraniana admitir operações além da fronteira é algo raro no país.
Ataque
Até o momento nenhum grupo assumiu a autoria do ataque na cidade de Mahabad, ocorrido no dia 22 de setembro.
Um governador de província iraniana responsabilizou "grupos contrarrevolucionários" pelo ataque contra o desfile militar, ocorrido no 30º aniversário do começo da guerra entre Irã e Iraque.
Há tempos os militantes são ativos na região, quer conta também com uma população curda considerável entre seus habitantes.
Os separatistas curdos, baseados no norte do Iraque, também são responsáveis por uma longa campanha de guerrilha dentro da Turquia e entraram em confrontos regularmente com as forças de segurança iranianas.
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticia ... osfn.shtml
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Re: Curdistão: Desdobramentos
Turquia diz ter matado 50 rebeldes curdos em 2 dias
Atualizado em 22 de outubro, 2011 - 19:15 (Brasília) 21:15
O exército turco disse neste sábado que matou quase 50 rebeldes curdos nos últimos dois dias em uma grande ofensiva militar.
Em um comunicado divulgado em sua página de internet, o exército disse que os rebeldes foram mortos durante confrontos na província de Hakkari, no sudeste do país.
A Turquia deu início à ofensiva militar contra os curdos no início da última semana, depois que militantes mataram mais de 20 soldados turcos.
http://www.bbc.co.uk/portuguese/ultimas ... c_rn.shtml
[]'s.
Atualizado em 22 de outubro, 2011 - 19:15 (Brasília) 21:15
O exército turco disse neste sábado que matou quase 50 rebeldes curdos nos últimos dois dias em uma grande ofensiva militar.
Em um comunicado divulgado em sua página de internet, o exército disse que os rebeldes foram mortos durante confrontos na província de Hakkari, no sudeste do país.
A Turquia deu início à ofensiva militar contra os curdos no início da última semana, depois que militantes mataram mais de 20 soldados turcos.
http://www.bbc.co.uk/portuguese/ultimas ... c_rn.shtml
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Re: Curdistão: Desdobramentos
Turquia e Irã combatendo o mesmo inimigo, enquanto ambos tem desavenças com Israel por conta da situação palestina, mesmo jamais tendo combatido contra o estado judeu diretamente.
Estou dizendo, estes dois um dia vão se aproximar e formar uma poderosíssima força de influência não árabe no OM.
Leandro G. Card
Estou dizendo, estes dois um dia vão se aproximar e formar uma poderosíssima força de influência não árabe no OM.
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Re: Curdistão: Desdobramentos
LeandroGCard escreveu:Turquia e Irã combatendo o mesmo inimigo, enquanto ambos tem desavenças com Israel por conta da situação palestina, mesmo jamais tendo combatido contra o estado judeu diretamente.
Estou dizendo, estes dois um dia vão se aproximar e formar uma poderosíssima força de influência não árabe no OM.
Leandro G. Card
Se isso acontecer, será bom para o "Ocidente". Muita gente dentro dos USA e na Europa tem defendido uma aproximação a Ancara e Teerão em detrimento de Telavive - Riade. Haja força para vencer os perigosíssimos lobbys.
Re: Curdistão: Desdobramentos
É verdade. Muitos veriam isto com bons olhos. Ainda que não digam em público...
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Re: Curdistão: Desdobramentos
Uma aproximação do ocidente com o Irã e a Turquia faria muito mais sentido que com a Israel atual e a Arábia Saudita, sem a menor sombra de dúvida.FoxTroop escreveu:LeandroGCard escreveu:Turquia e Irã combatendo o mesmo inimigo, enquanto ambos tem desavenças com Israel por conta da situação palestina, mesmo jamais tendo combatido contra o estado judeu diretamente.
Estou dizendo, estes dois um dia vão se aproximar e formar uma poderosíssima força de influência não árabe no OM.
Leandro G. Card
Se isso acontecer, será bom para o "Ocidente". Muita gente dentro dos USA e na Europa tem defendido uma aproximação a Ancara e Teerão em detrimento de Telavive - Riade. Haja força para vencer os perigosíssimos lobbys.
O problema é que a demonização do Irã após a revolução de 1979 e a crise dos reféns americanos criou uma cunha entre os EUA e a antiga Pérsia que vai ser muito difícil de extrair. E o desdém dos europeus pela a Turquia, negando o seu ingresso na UE enquanto aceitavam os países do leste europeu, também não ajuda em nada. Agora tanto Irã quanto Turquia podem concluir que uma aproximação com um ocidente em grave crise econômica não vai lhes acrescentar nada, e voltarem-se ambos para o oriente e um para o outro. Vamos ver como isso vai evoluir daqui para a frente.
Leandro G. Card
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Re: Curdistão: Desdobramentos
Enquanto a Turquia for membro da Otan, tenho para mim que esta possibilidade não existe.LeandroGCard escreveu:Uma aproximação do ocidente com o Irã e a Turquia faria muito mais sentido que com a Israel atual e a Arábia Saudita, sem a menor sombra de dúvida.FoxTroop escreveu:
Se isso acontecer, será bom para o "Ocidente". Muita gente dentro dos USA e na Europa tem defendido uma aproximação a Ancara e Teerão em detrimento de Telavive - Riade. Haja força para vencer os perigosíssimos lobbys.
O problema é que a demonização do Irã após a revolução de 1979 e a crise dos reféns americanos criou uma cunha entre os EUA e a antiga Pérsia que vai ser muito difícil de extrair. E o desdém dos europeus pela a Turquia, negando o seu ingresso na UE enquanto aceitavam os países do leste europeu, também não ajuda em nada. Agora tanto Irã quanto Turquia podem concluir que uma aproximação com um ocidente em grave crise econômica não vai lhes acrescentar nada, e voltarem-se ambos para o oriente e um para o outro. Vamos ver como isso vai evoluir daqui para a frente.
Leandro G. Card
A Turquia estão colaborando com o Iran apenas no combate a um inimigo comum só isso, mas dai a Turquia virar as costas para o ocidente é outra História.
A Turquia sabe que se decidir fazer uma aliança mais sólida contra o iran, eles seram automaticamente inimigos do ocidente. Não sei se a Turquia ganharia algo virando as costas para o Ocidente. A não ser uma série de problemas e todo tipo de ameaças.
Acredito que a Turquia esta bem como esta neste momento. Mas ninguém pode garantir que no futuro, caso o ocidente fique ainda mais enfraquecido economicamente e militarmente, eles não façam uma alianaça mais estreita entre si e com a Russia.
Se no futuro a Turquia romper com a OTAN, os Russos seram os grandes vitoriosos. Porque estes 2 prezaram de uma poderosa potência para ajuda-los a segurar o rojão. A Curto prazo não existe a possibilidade de tal aliança ficar mais sólida.