Foguetes e Motores Brasileiros Utilizados no Exterior

[Brazilian Space]

Valeu Brasileiro!

Muito interessante esse arquivo.

Abs

Duda Falcão

[Brasileiro]

Todos os motores do VLS-1, exceto o S44 são baseados no S43.

Se fizessem um "VLS-1 Carbono" talvez conseguiriam mais uns 100 a 150 kg de carga útil?

É o primeiro passo para conseguirmos motores foguete de propelente sólido de grande porte, como o que se planejaria para o "VLS Beta", de 1.5 metros de diâmetro.



abraços]

[Brazilian Space]

Olá Brasileiro!

Tenho impresão que esse seja o objetivo final do IAE, visando assim a possibilidade de aumentar não só a capacidade de carga útil do VLS-1, como de todos os foguetes lançadores previstos ou sugeridos até hoje. Talvez essa tecnologia já seja testada no VS-40 que lançará a SARA suborbital no segundo semestre de 2010. Quem sabe? Vamos aguardar.

Abs

Duda Falcão

[Brasileiro]

Acho que não dá pra usar em 2010 não Brazilian.

É um caminho bem longo. Como o projeto de investimento é até 2013, talvez por aí teremos alguma coisa como uma queima em banco de teste, e depois um vôo de teste.

Dando certo tudo isso, acho que não seria surpresa nem ambição nenhuma desenvolver um VLS usando a tecnologia.
Talvez até facilite tudo, já que um envelope de propulsor de fibra de carbono deve ser muito mais fácil e rápido de se fabricar do que um metálico, que precisa de soldas especiais e tratamento térmico que custam uma fortuna, demoram e nem sempre as empresas topam fazer.
De repente isso até 'quebra um puta galho' pro nosso programa espacial no futuro.
Eu fiquei contente quando vi que existia tal intenção e já saquei na hora onde isso poderia desaguar.


abraços]

[LeandroGCard]

Acho que não dá pra usar em 2010 não Brazilian.

É um caminho bem longo. Como o projeto de investimento é até 2013, talvez por aí teremos alguma coisa como uma queima em banco de teste, e depois um vôo de teste.

Dando certo tudo isso, acho que não seria surpresa nem ambição nenhuma desenvolver um VLS usando a tecnologia.
Talvez até facilite tudo, já que um envelope de propulsor de fibra de carbono deve ser muito mais fácil e rápido de se fabricar do que um metálico, que precisa de soldas especiais e tratamento térmico que custam uma fortuna, demoram e nem sempre as empresas topam fazer.
De repente isso até 'quebra um puta galho' pro nosso programa espacial no futuro.
Eu fiquei contente quando vi que existia tal intenção e já saquei na hora onde isso poderia desaguar.


abraços]

O uso do estojo em fibra de carbono realmente será uma forma de melhorar não só a performance (embora não tanto quanto se pode imaginar) mas também a manufaturabilidade do VLS. Mas uma coisa ainda me preocupa e muito. Ainda será basicamente um motor S-40/S-43, apenas utilizando um material estrutural mais moderno, e não um novo motor. Será como se pegassem um bloco de motor de chevette, que era feito em ferro-fundido, e o fizessem em uma liga moderna de alumínio. Ficaria mais leve, fácil de fundir e usinar, etc..., mas ainda seria um motor de chevette, e não um motor realmente novo.

O que me preocupa é que desde a década de 80, quando o Sonda-IV foi desenvolvido, nenhum motor novo foi criado pelo IAE, apenas alterações nos motores já existentes foram introduzidas. E não dá para alegar que não houve necessidade, o último estágio do VLM deveria ter sido desenvolvido há muito tempo, bem como um motor único para substituir o "cacho" de S-43 do próprio primeiro estágio do VLS. Os foguetes de sondagem como o VSB-30 e o VS-40 também poderiam utilizar motores novos. Mas nada disso foi feito.

A impressão que tenho é que não sobrou ninguém da equipe de desenvolvimento daquela época, e hoje a capacidade de conceber e desenvolver novos motores está perdida. O máximo que se consegue é aperfeiçoar motores existentes com componentes mais modernos, mas não desenvolver algo totalmente novo e mais moderno.

E cada aperfeiçoamento destes demora um prazo que me parece absolutamente incompreensível. Os americanos foram do Redstone ao Saturno-V em menos de 15 anos, e os russos saíram das cópias da V-2 para a colocação de um astronauta em órbita no mesmo prazo. O S-43 voou pela primeira vez em 1985, e quase 30 aos depois estaremos comemorando a grande novidade de o mesmo motor voando com estojo de fibra de carbono!?! Desculpem-me, mas eu realmente não consigo ficar empolgado com estas novidades. E olhe que eu sou um grande apaixonado pelo assunto, imagine o efeito que tais cronogramas têm nos políticos e no cidadão comum!

O principal motivo do programa espacial brasileiro jamais ter decolado é justamente a aceitação destes prazos completamente absurdos. Isto torna simplesmente impossível o aperfeiçoamento progressivo dos sistemas, pois entre um teste e outro se passam anos ou mesmo décadas. Assim é impossível até mesmo acompanhar os avanços da tecnologia de materiais e processos de fabricação, que mudam a cada ano. Quando um novo projeto finalmente está pronto para ser fabricado as máquinas e equipamentos que deveriam ser usados na sua produção tem que ser buscadas nos depósitos de sucata ou nos museus!

E por favor que ninguém gaste teclado para escrever que “não havia verba suficientes...”, se a verba não era suficiente para um programa mínimo como o do VLS, porque insistiu-se nele desde o princípio ao invés de lançar primeiro o VLM, que era muito menor, mais simples, mais barato, permitia integração horizontal, podia subir do CLBI, etc... ?

Se não aparecer alguma liderança que tome pulso do programa e faça as coisas acontecerem em um ritmo mais palatável vai acontecer como no caso das armas nucleares. A janela de oportunidade vai se fechar e quem tem, tem, quem não tem jamais poderá vir a ter, a menos que enfrente desafios muito maiores que os simplesmente técnicos (embora no caso dos foguetes lançadores a janela que irá se fechar não será a política).


Leandro G. Card

[Brazilian Space]

Olá Brasileiro!

Tenho impressão amigo que o motor S-44 (quarto estágio) do terceiro protótipo do VLS-1 que explodiu em 2003, já havia sido construído em fibra de carbono. Só faltam mesmo o S-43 (primeiro e segundos estágios) e o S-40 (terceiro estágio). Portanto, essa tecnologia não é totalmente desconhecida do IAE e pode ser que o seu conceito já venha sendo desenvolvido desde 2003 ou mesmo antes disso. Porém, talvez você esteja certo e seja muito pouco tempo até 2010 para se fazer um teste. Não sei, vamos aguardar!

Leandro!

Eu concordo contigo em grande parte do que você disse amigo e também reconheço que é frustrante essa situação toda. No entanto, não deixa de ser algo significativo essa tentativa do IAE de melhorar o desempenho do que já foi desenvolvido e normalmente é o que se espera que se faça de qualquer produto. Concordo que é necessário desenvolver motores maiores tanto sólidos quanto líquidos e me parece que um desses objetivos desse novo processo do IAE é desenvolver motores com 1.5 metros de diâmetro (segundo o forista Brasileiro), portanto o instituto está no caminho. É verdade que no caso de motores líquidos o motor L75 que está sendo desenvolvido não ajuda em muita coisa, principalmente por conta do prazo (os prazos são realmente ridículos dentro do PEB, vide a do SARA Orbital) que ainda resta para o mesmo se tornar realidade, mas pior seria se nada não tivesse sendo feito. Enquanto não se entender nesse país que é extremamente necessário se investir em tecnologia espacial, esses prazos e esses gestores de mer... continuarão militando nos bastidores do Programa Espacial Brasileiro.

Abs

Duda Falcão

[Brazilian Space]

Operações de Lançamentos Brasileiras - Passado e Futuro

Olá amigos!

Desde novembro de 1997 até hoje foram realizadas 18 operações de lançamentos nos dois centros de lançamentos brasileiros em Natal e Alcântara. Já no lado internacional desde outubro de 1983 até hoje o Brasil participou de 14 operações de lançamentos nos EUA, na Noruega e na Suécia, além de participar de uma missão tripulada que partiu do Cazaquistão. Além disso, outras missões relacionadas com testes de motores-foguetes foram realizadas nos últimos dois anos pelo IAE, que também estão descritas nessa lista. Abaixo segue uma lista com a descrição de todas essas missões no Brasil e no exterior e um cronograma das missões programadas para os próximos anos:

Operações de Lançamentos no Brasil

Operação Brasil (02/11/1997)
Operação Livramento (21/03/1998)
Operação São Marcos (15/03/1999)
Operação Almenara (11/12/1999)
Operação Lençóis Maranhenses (06/02/2000)
Operação Baronesa (21/08/2000)
Operação Alecrim (09/12/2000)
Operação Parnamirim (12/05/2002)
Operação Pirapema (23/11/2002)
Operação Cumã (01/12/2002)
Operação São Luís (22/08/2003 - Data do acidente)
Operação Cajuana (23/10/2004)
Operação Cumã II (19/07/2007)
Operação Angicos (16/12/2007)
Operação Parelhas (27/10/2008)
Operação Maracati I (29/05/2009)
Operação FogTrein I (Vôo 1 - 10/08/2009 e Vôo 2 - 13/08/2009)
Operação FogTrein II (Vôo 1 - 20/10/2009 e Vôo 2 - 21/10/2009)

Operações de Lançamentos fora do Brasil

Operação Ionosfera 1 e 2 (Vôo 1 - 31/10/1983 e Vôo 2 - 14/11/1983)
Operação Ronald 1 e 2 (Vôo 1 - 12/10/1997 e Vôo 2 - 31/01/1998)
Operação Shefex 1 (28/10/2005)
Operação Texus 42 (01/12/2005)
Operação Texus 43 (11/05/2006)
Operação HotPay 2 (31/01/2008)
Operação Texus 44 (07/02/2008)
Operação Texus 45 (21/02/2008)
Operação Maser 11 (15/05/2008)
Operação ICI-2 (05/12/2008)
Operação Texus 46 (22/11/2009)
Operação Texus 47 (29/11/2009)

Operação de Lançamentos Tripulados

Missão Centenário (Partida - 30/03/2006 e Retorno - 08/04/2006)

Teste de Motores-Foguetes

Operação Flamingo (20/10/2008)
Operação Ômega (15/10/2009)

OBS: Em 10 de setembro de 2008 foi realizado o teste de um motor-foguete pelo IAE/CTA que a época se supôs ser de um motor-foguete a propulsão líquida (o primeiro do Brasil). No entanto, essa suposição até hoje não foi confirmada pelo IAE.

Segundo o que tem sido previsto pelos órgãos competentes através de notícias divulgadas pela mídia, diversas outras operações de lançamento estão programadas para ocorrerem em 2010 e 2011 no Brasil e no exterior. São elas:

Em 2010

No Brasil

Operação Maracati II (Lançamento duplo de um foguete americano Improved Orion e um foguete VSB-30 com experimentos do 3° AO (Anúncio de Oportunidade) do “Programa Microgravidade” da AEB).

Operação de lançamento do foguete brasileiro FTI (Foguete de Treinamento Intermediário).

Operação de lançamento do foguete VS-15 (Primeiro foguete brasileiro de propulsão líquida).

Operação de lançamento do foguete VS-40 (Plataforma SARA).

Operação de Lançamento do Cyclone 4 (Vôo de qualificação do foguete), (Duvído muito que ocorra).

No Exterior

Não há previsão de lançamentos em 2010.

Em 2011

No Brasil

Operação de Lançamento do foguete brasileiro FTA (Foguete de Treinamento Avançado)

Operação de lançamento do VLS-1 XVT-1 (Vôo de qualificação do primeiro e segundo estágios do VLS-1).

Inicio da operação comercial do foguete Cyclone 4 (Dificilmente, deve ficar para 2012, isso se sair do papel).

No Exterior

Operação Texus 48 e 49 (serão usados nessas operações dois foguetes VSB-30 a serem lançados entre os meses de fevereiro e março do Centro de Lançamento de Esrange, na Suécia).

Operação Maser 12 (será usado nessa operação um foguete VSB-30 a ser lançado em março do Centro de Lançamento de Esrange, na Suécia).

Operação Shefex-2 (será usado nessa operação um foguete VS-40 a ser lançado entre março e abril do Centro de Lançamento de Andoya, na Noruega. Essa missão é muito importante também para o Brasil porque o experimento europeu Shefex-2 carregará um experimento brasileiro relacionado com o Programa SARA).

Operação ICI-3 (será usado nessa operação um foguete VS-30/Orion a ser lançado entre novembro e dezembro do Centro de Lançamento de Andoya, na Noruega).

Gostaria de chamar a atenção dos amigos que essas listas apresentadas acima de operações de lançamentos para o ano de 2010 e 2011 são os resultados de projeções que podem ou não se realizarem totalmente.

Duda Falcão