Taiyuan (China) - O ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, declarou nesta quarta-feira (19), na China, acreditar que ainda este ano começa a reconstrução do centro espacial de Alcântara, no Maranhão, que poderá seguir o modelo das instalações chinesas, segundo disse à Xinhua.
"Devemos reconstruir a torre de lançamento e construir o centro espacial como o que se tem aqui em Taiyuan", informou Rezende, mencionando a base de lançamentos na capital da província chinesa de Shanxi, norte do país, a 750 quilómetros de Pequim.
O complexo, de onde foi enviado à órbita terrestre o satélite de sensoriamento remoto sino-brasileiro CBERS-2B, conta com centros de controle com tecnologia de ponta, além de alojamentos e demais serviços que permitem ao seus técnicos terem quase o mesmo conforto das cidades que deixaram.
"Alcântara ainda não tem nada disso, ou seja, o que é necessário para se ter um programa espacial completo", considerou Rezende, referindo-se ao centro brasileiro.
Essa base ficou inoperante após a explosão do foguete brasileiro, em 2003 - construído para colocar satélites em órbitas -, provocando um acidente que deixou 21 mortos, todos especialistas aeroespaciais, e prejudicando o andamento do programa espacial.
Segundo o ministro, o novo centro de Alcântara deve custar entre US$ 150 milhões e US$ 300 milhões, dos quais cerca de US$ 15 milhões serão destinados à torre de lançamento. Ele lembrou que o governo já realizou uma licitação para selecionar a empresa encarregada das obras, mas que esse processo está suspenso por conta dos questionamentos, perante à Justiça, da companhia que perdeu a concorrência.
"Estou otimista de que seja ainda neste ano [o início do processo de reconstrução]", declarou à Xinhua.
Por outro lado, Rezende disse que por ter muitos técnicos brasileiros do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCT) na China, na base de Taiyuan, o Brasil já teria um acúmulo de conhecimento para dispor de um complexo que seguirá o modelo chinês.
(As informações são de Manuel Martínez, editor do serviço latino-americano da Xinhua News Agency )
Fonte: AEB
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Reconstrução do CLA se inspira em modelo chinês
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