Dieneces escreveu:cicloneprojekt escreveu:PRick escreveu:Segundo li hoje, as reservas já estão em torno de 140 bilhões de dólares, crescendo numa taxa de quase 01 bilhão por dia. O BACEN tem que baixar mais rápido as taxas de juros, ou vamos começar a nadar em dólares.
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Isso é meu sonho reservas de US$ 200 bi. Talvez lá para dezembro de 2008. Mas sei que vai chegar.
Ou seja, temos carta na manga, não tem desculpa para não dar seguimento ao reequipamento das FAs.
sds
Walter
Eu disse que antes de dezembro de 2007 se chegaria a 200 bi de dólares em reserva , uns quarenta dias atrás , alguns acharam graça...é um dado positivo , sem dúvida , mas é a política do cobertor curto , aqui no RS tá fechando a Reichert Calçados , centenas de empregos , quase metade da arrecadação de alguns municípios. Mais uma que não resiste à bolha monetária artificial da dupla dinâmica juro-alto/moeda-forte. Já são centenas de pequenos exportadores/empreendedores que somem do mercado. Sem falar da bola-de-neve do endividamento agrícola que foi equacionado por FHC e tá voltando com toda força. Aguardem o estouro.Posso mostrar exemplos reais de pessoas próximas se quiserem. Nada de consultorias , Veja , Carta capital , release de ministério , estatísticas , et caterva...
As diferenças sobre o quadro a atual, e o que ocorreu em 1995 e 1996 são muito grandes, vamos enumerar:
1- Nossas Reservas são próprias, não advém de capital expeculativo internalizado;
2- Com os 140 Bilhões, não temos mais dívidas externa!!! Que está em torno de 130 bilhões, bem diferente que durante o Plano Real;
3- O juros são altos, sem dúvida, mas estão em 12,5 ao ano, no princípio do Plano Real era de 12 ao mês!!
4- As dívidas não estavam consolidadas e os esqueletos contabilizados em 1995;
5- Um dos motivos dos estouros das dívidas no campo eram os juros absurdos da época, se comparados com os atuais. A tendência é que os juros cheguem no final do ano aos 10%, assim, o peso das dívidas serão muito reduzidos, enquanto em 1995 o quadro era inverso;
6- É certo que uma parte de nossa industria perde competividade com a alfa do dólar, mas está sendo compensada por outros setores da economia, particularmente, os que precisam de juros baixos, ou seja, bens imóveis e móveis de maior valor, vale dizer, estamos já assistindo um explosão na venda de carros, logo, veremos o mesmo na construção civil, um setor que emprega muita mão de obra;
7- O mesmo vale para área agrícola, os setores ligados a exportação, ainda estão tendo muito lucro, e estão se internacionalizando, o mesmo os setores ligados a agricultura local, graças ao aumento da renda. Uma política ativa de subsídios nas áreas mais atingidas pode minorar o problema, já que o dólar não deverá ficar abaixo dos 02 Reais durante muito tempo;
8- Além disso, o dolar está a 1,95 reais, e não 01x01 ou mesmo valendo menos que o Real, algo que ocorreu em 1995! Isto revela uma atuação forte do BACEN, pq as condições atuais são melhores que as de 1995, daí se explica o artificialismo da cotação do dólar em 1995;
Agora, que o dólar poderia estar em R$ 2,10 ou 2,20, se o BACEN fosse um pouco mais agressivo na queda dos juros. O que caracteriza a ação da política monetária atual é o pragmatismo, assim, é possível perceber uma atuação monetarista, neo-liberal e outras claramente intervencionistas e desenvolvimentistas.
Porém, não acredito que seja possível elevar o dólar acima da cotação de R$ 2,20, com câmbio flutuante, reservas crescentes, inflação e juros em queda e saldos récordes na Balança Comercial e no Balanço de Pagamentos. Pelo andar da carruagem o Saldo da Balança vai bater o do ano passado, ou seja, estou apostando algo em torno de 45 bilhões de dólares.
Obs.: Não existe controle temporal de aspectos conjunturais, hoje, a inflação não é problema, amanhã pode ser, o mesmo vale para dívidas, juros, somente aspectos estruturais de uma economia podem ser atemporais, vale dizer, infra-estrutura, distribuição de renda, desconcentração de capital, etc.. Este é o maior problema de Planos, do tipo do Real, eles cristalizam a estrutura econômica, no nossa caso, as diferenças e injustiças gritantes de nossa estrutura econômica.
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