ALFREDO ANDRÉ escreveu:Zero4
Acerca do .223. Vocês está confundindo as coisas. Essa informação de que há a necessidade de se efetuar vários disparos para derrubar o oponente é oriunda da Guerra do Vietnã. Quando da transição do M-14 ao M-16A1, de fato, o cartucho usado se mostrou além do desejável, daí muitos soldados dizerem que davam 3 ou 4 tiros para que o inimigo tombasse. Porém, isso foi na década de 60. Em 1973, os EUA já introduziam um novo cartucho, em que de nada se assemelhava ao 1º. Portanto, essa afirmação de que vários tiros para derrubar, não merece atenção.
Continuando, a vantagem do .223 é o maior nº de tiros, e isso não significa mais tiros para derrubar um. A chance de você acertar um alvo com um .223 é muito maior do que com o .308. Agora, em um combate, quantos mais tiros controlados, mais acertos você tem. Presumo que você já tenha disparado um fuzil .308 e um em .223. Verá que a diferença de controle da arma é gritante. Pois bem, ainda mais. Os combates raramente ultrapassam os 150 metros. Na Guerra do Golfo III, os combates não passaram de 100 metros em campo aberto.
Mas indo mais. Se com o .308 se tem um abate no 1º disparo, creio que não teríamos milhares de iraquianos feridos na guerra do Golfo I (1980-1988), assim como soldados argentinos feridos nas Malvinas, milhares de guerrilheiros no Zaire, milhares de paquistaneses feridos nos combates com a Índia, todos por .308. De novo volto a falar. Essa idéia de que o .308 mata e o .223 não, é de certo, sem sentido. Essa idéia de que se deve dar mais tiros de .223 para abater o inimigo, idem.
As informações postadas pelo Balena são de extrema relevância. Creio que você nunca foi a um IML ou conversou com um médico legista. Te aconselho a fazer isso um dia. As coisas são muito mais sérias do que se vê em telejornais e novelas. Aqui em São Paulo já socorri uma vítima baleada em um assalto a um banco, ferido por um .308 e sobreviveu. Insisto, cada caso é um caso. Você fala que um tiro no tórax mata e fora dele não, essa foi a idéia que passou. Pois bem, em nossa perna, temos uma artéria, a artéria femural. Um simples tiro de .22LR pode levar a pessoa morrer em menos de uma hora. É um ferimento que engana, pois se vê um minúsculo buraco e pensam que, como foi na perna, nada ocorrerá. Ledo engano, a pessoa morre por hemorragia. Por isso falo que num disparo há uma série de fatores que fazem diferença.
Zero4, a situação do RJ não é tão diferente como a daqui de SP, RS ou BH. Aqui em SP temos cenas de selvageria também. A Polícia daqui deu um belo recado aos traficantes quando fuzilou um ônibus inteiro cheio deles, sem nenhum sobrevivente, somente como exemplo. Aqui em SP tem se apreensão de uma miríade de equipamentos de uso exclusivo. Desde uma 9mmP do Exército, passando por uma Desert Eagle .50AE, e chegando ao cúmulo de um M-16A2 com um M203. A realidade é bem diferente da teoria.
E por fim, meça as suas palavras e guarde as suas chacotas para você. Estava dialogando com você. Em momento algum fui “Cara de pau” ao pedir fontes para as suas alegações. Não há a menor necessidade de partir para esse tipo de conduta de agressões. Sinceramente, não perderei meu tempo com isso.
Alfredo André
http://www.asasnet.cjb.net
Primeiramente, "cara de pau" não foi nenhum tipo de deboche ou chacota de minha parte, porém como venho dizendo desde o início do tópico, a internet ta ai cheia de reportagem falando da "ineficácia" do 5,56. Acredito que me pedir "fontes confiáveis" dessas constatações, seria tentar me passar um atestado de "mentiroso" coisa que eu não estou sendo, nem fui desde o começo do tópico.
Sobre o 5,56 se vocês acham que os combates um dia não passaram de 100 metros, Ok! então vamos passar a discutir o ponto de vista de combate, e não a munição pq pelo visto estamos falando da mesma coisa em perspectivas diferentes. Não disse que as informações postadas pelo Balena não tem relevância alguma, o que falei, e afirmo, é que muitas vezes (e muitas mesmo...) os testes feitos em laboratórios não condizem com a realidade.
Sobre a minha famosa frase "Tiro no tórax nem socorre", o que eu quero dizer é que ESTATÍSTICAMENTE pessoas que são alvejadas no tórax por calibre de fuzil raramente conseguem sobreviver, ou é mentira minha? quantos socorridos de 7,62 você socorreu que sobreviveram? acredito que tenha sido muito poucos.
Sobre o .22LR e a femural, já ouvi bastante casos, mas volto a falar q estatísticamente acredito que é mais fácil você tombar com um tiro de 7,62 do que com .22LR correto? Lembra-se da história que postei a poucos dias atrás? O colega do meu irmão alvejou um marginal 3 vezes no tórax com uma .380 e não foi suficiente para cessar sua agressão, provavelmente (não estou apontando como certo), se ele estivesse portando uma .40 ou .45 duvido que o marginal teria alguma chance de reação mesmo que fossem apenas 2 tiros. Eu nunca disse que bastava um tiro (no caso de guerra...) de 7,62 para matar um adversário, disse que com um tiro as chances de ocorrer o stopping power (a longas distâncias...) do 7,62 provavelmente são maiores que com o 5,56.
Sinceramente Alfredo, a situação de SP pode ser bem complicada. Já chegaram a apreender minas anti-pessoais, lança-rojões, granadas, cerca de 5 a 10 fuzis na mesma batida, 30.000 projéteis de 7,62 e 5,56 em uma única favela? acredito que não né? Você acha que 9mmP e Desert Eagle são algo fora do comum? A cerca de um mês atrás foi apreendido numa favela, junto com 8 FALs, 1 Ruger Mini-14 e uma Uzi, O fuzil Russo chamado "AS Val" bem semelhante ao AK-47 utiliza munição 9x39mm (SP-6) e tem supressor integrado. Coisas tão raras assim fazem policias cometerem até erros. O Chefe de Polícia Civil do RJ (Álvaro Lins), o classificou como "AK-47 convertido para 9mm com Silenciador". É esse tipo de arma que aparece por aqui. Desert, conhecida por aqui como "Caça Andróide" é coisa comum a muito tempo.