Brasileira é barrada na Espanha

[joaozinho]

'Nunca tinha me sentido tão humilhada', diz estudante barrada na Europa
Patrícia Magalhães, de 23 anos, deveria participar de um congresso de Física.
Ela diz que ficou três dias presa no aeroporto de Madri e fala em preconceito.
CAROLINA ISKANDARIAN

Às vésperas de completar 24 anos, na próxima quinta-feira (21), a estudante Patrícia Camargo Magalhães quer esquecer os últimos dias de sua vida. Ela conta que passou três dias presa na Espanha, foi "devolvida" ao governo brasileiro e perdeu a chance de apresentar seu trabalho em um congresso internacional de Física. Segundo ela, as autoridades espanholas não aceitaram a documentação apresentada e não acreditaram que ela é uma pesquisadora.

"Nunca tinha me sentido tão humilhada. Senti na pele um preconceito que nunca senti em um país que eu achava ser desenvolvido. Eles são muito mais atrasados do que pensam. Estão na Idade Média", atacou Patrícia, em entrevista ao G1 nesta quarta-feira (20). Os problemas da jovem, que estuda na Universidade de São Paulo (USP) e já prepara sua dissertação de mestrado, começaram dia 10, quando ela chegou a Madri. A história foi publicada na edição desta quarta do jornal "Folha de S.Paulo".

No aeroporto, ela foi parada no setor de imigração. Depois de horas de espera e de entrevistas, descobriu que ficaria detida em uma sala do terminal. Mesmo carregando um tubo com dois pôsteres científicos com a identificação dela e da universidade. Durante os três dias em que passou no cômodo de aproximadamente 50 metros quadrados, ficou sem tomar banho, sem escovar os dentes e sem usar desodorante. Comia no chão por falta de lugar, conta. "Eles alegaram que eu não tinha toda a documentação pedida, como a reserva do hotel. Pediram o convite do congresso, meu extrato da conta bancária, meu cartão de crédito. Queriam até contar o meu dinheiro", afirmou.

No mesmo dia em que foi detida, Patrícia deveria embarcar para Lisboa, em Portugal, onde aconteceu o congresso que reuniu pesquisadores de todo o mundo. Ela havia escolhido o vôo para Madri por ser mais barato. Apesar de achar que foi vítima de preconceito por ser latino-americana, ela ainda não sabe ao certo o que motivou sua prisão na Europa.

"Juntou o fato de eu ser mulher, de eu não ter a documentação do hotel. Uma vez que caí no processo imigratório, não tem volta. Se você é latino-americana, independentemente de quem seja, é vista como uma pessoa inferior", disse ela, que chegou ao Brasil dia 12.

A estudante conta que ainda tentou argumentar, alegando que não queria migrar e trabalhar na Espanha, mas foi em vão. Reclamou ainda do abandono de que afirma ter sido vítima. "Eu me senti abandonada pelo governo brasileiro". Patrícia também lamentou ter perdido o congresso. O trabalho que apresentaria sobre amplitude de ressonâncias escalares estava sendo preparado havia um ano. "É uma frustração por ter sido um trabalho tão duro. Eu perdi muito porque ia poder conversar com outros pesquisadores da área, tirar dúvidas", contou a estudante.

O G1 não conseguiu localizar ninguém no Consulado da Espanha em São Paulo na tarde desta quarta-feira.

Um dos primeiros a tentar ajudar Patrícia foi o orientador dela, o professor titular Manoel Roberto Robilotta, do Instituto de Física da USP. De Lisboa, no congresso, ele soube do caso e ali mesmo enviou um fax ao consulado brasileiro em Madrid e à polícia espanhola. O hotel em que Patrícia ficaria hospedada fez o mesmo. Via fax, tentou avisar as autoridades de que se tratava de um engano. Segundo Robilotta, até o organizador do congresso mandou um e-mail para os policiais, conta ele. "Era tudo tão absurdo que achei que ela seria logo liberada", disse o professor.

Robilotta reclamou do descaso por parte da representação brasileira na Espanha. "É um descaso muito grande. É um absurdo tentar contatar um consulado em caso de emergência via fax e não houve nenhum contato de volta da parte deles", afirmou Robilotta, que lamentou pela sua aluna. "Esse congresso não vai ter mais. O jovem conhece e é conhecido. É uma iniciação na comunidade internacional e a Patrícia foi proibida de ir".

[Immortal Horgh]

Bom, depois do que fizeram com o Hamilton e mais isso, será que ainda existem pessoas que acreditam na raça pura por lá?


[ ]s

[Bolovo]

É por isso que as pessoas tiram dupla-cidadania aqui no Brasil. Confiar no Governo Brasileiro não dá. Tenho um amigo que é piloto no Kuwait, ele tem cidadania belga-brasileira, em caso de guerra ou qualquer coisa do tipo, ele sequer passa perto da Embaixada Brasileira... é isso...

[Immortal Horgh]

Isso cai bem no meu objetivo desse ano. Sou descendente de italianos e portugueses, vou dar entrada na minha dupla cidadania para evitar essas coisas. Mas mesmo assim, é um ato deplorável.



[ ]s

[Dinivan]

Tengan en cuenta que todo esto son procesos normalizados para toda la Unión Europea. Si se hubiera molestado en ello habría llevado toda la documentación necesaria encima. Si yo puedo leer las normas que pide EE.UU. para dejarme entrar en el país (básicamente lo mismo, dirección del hotel etc.) no entiendo porqué ella no lo ha hecho. Y encima dice que es por culpa de ser mujer y Brasileña. Menudo victimismo.

[Carlos Lima]

Infelizmente depender do Itamarati nessa hora normalmente pelas histórias que ouço não é necessariamente garantia de um serviço com respeito aos cidadãos.

Dentre várias histórias já tive amigo sendo espancado na França vindo da Inglaterra e sendo deportado para Inglaterra porque acharam que ele não era brasileiro enquanto toda a documentação dele dizia que era...

Quando procurou a Embaixada em Londres... foi um desastre só... somente quando a "polícia inglesa", a quem ele tinha sido entregue, registrou uma reclamação formal contra o consul e os seus 'secretários', é que por 'passe de mágica' ele pode contar a história dele e pode provar quem ele era. Mesmo assim ele foi 'estimulado' a não prestar queixas contra o governo francês pois custaria muito caro para o Governo Brasileiro reunir advogados e o processo demoraria muito e não resultaria em nada... (o famoso 'tapinha nas costas').

Os policiais ingleses acabaram ajudando ele inclusive pagando 2 dias de diárias em hotel por lá, pois tanto as malas dele sumiram e os cartões de crédito 'destruidos' e o dinheiro ter 'desaparecido' da carteira dele.

Ao governo brasileiro restou o coment'ario do secretário do Consul que foi algo assim:

- Olha rapaz, a situação tá preta e imagina se cada brasileiro com problema vem aqui pedir dinheiro? Não dá mesmo!



Lamento muito mesmo que essa moça tenha passado por isso! Realmente quando esses caras de imigração 'implicam' com você... pode ser uma experiência muito frustrante!

Na minha primeira viagem ao exterior calhei de estreiar o meu passaporte na Irlanda e fiquei 8 horas em uma 'sala' esperando me liberarem para entrar no país... isso com documentação e tudo...

Felizmente no meu caso não fui submetido a humilhação nenhuma (a não ser ficar esperando e ter que responder várias perguntas... mas podia ir ao Banheiro e recebia comida na boa, além disso estava com uns livros que me fizeram compania), mas todos foram diretos, porém educados comigo com vários pedidos de desculpa e taxi para o meu hotel pago por eles... não é nada, eu sei, mas como já tinha ouvido todo o tipo de história eu até que tive toda a sorte e fui fazer o meu trabalho.

[]s
CB_Lima

[Plinio Jr]

Tive a oportunidade de ver a reportagem, fiquei indiginado, simplesmente algo deplorável e que vem ocorrendo com frequencia na Europa e EUA...algo precisa ser feito...

[Dandolo Bagetti]

O Brasil tem a obrigação de pagar na mesma moeda, ou seja, adotar a reciprocidade.
A PF deve expulsar cidadãos europeus. Simples.
Os europeus foram imperialistas durante vários séculos, e ainda não perderam o gosto de sê-lo.

[Immortal Horgh]

O Brasil tem a obrigação de pagar na mesma moeda, ou seja, adotar a reciprocidade.
A PF deve expulsar cidadãos europeus. Simples.
Os europeus foram imperialistas durante vários séculos, e ainda não perderam o gosto de sê-lo.

Pelo contrário, devemos tratar bem e mostrar que somos civilizados e hospitaleiros. Quer melhor resposta do que essa?


[ ]s

[Dandolo Bagetti]

O Brasil tem a obrigação de pagar na mesma moeda, ou seja, adotar a reciprocidade.
A PF deve expulsar cidadãos europeus. Simples.
Os europeus foram imperialistas durante vários séculos, e ainda não perderam o gosto de sê-lo.

Pelo contrário, devemos tratar bem e mostrar que somos civilizados e hospitaleiros. Quer melhor resposta do que essa?

[ ]s

Discordo: Dente por dente e olho por olho.
O ser humano só entende a lei do chicote.

[Immortal Horgh]

O Brasil tem a obrigação de pagar na mesma moeda, ou seja, adotar a reciprocidade.
A PF deve expulsar cidadãos europeus. Simples.
Os europeus foram imperialistas durante vários séculos, e ainda não perderam o gosto de sê-lo.

Pelo contrário, devemos tratar bem e mostrar que somos civilizados e hospitaleiros. Quer melhor resposta do que essa?

[ ]s

Discordo: Dente por dente e olho por olho.
O ser humano só entende a lei do chicote.

Extremismo nunca leva à nada.


[ ]s

[Don Pascual]

Olho por olho, e logo todo o mundo estará cego.

[Dandolo Bagetti]

O Brasil tem a obrigação de pagar na mesma moeda, ou seja, adotar a reciprocidade.
A PF deve expulsar cidadãos europeus. Simples.
Os europeus foram imperialistas durante vários séculos, e ainda não perderam o gosto de sê-lo.

Pelo contrário, devemos tratar bem e mostrar que somos civilizados e hospitaleiros. Quer melhor resposta do que essa?

[ ]s

Discordo: Dente por dente e olho por olho.
O ser humano só entende a lei do chicote.

Extremismo nunca leva à nada.


[ ]s

Quem se abaixa muito a bunda aparece.

[Petrovski]

Com o respeito aos imigrantes, estamos mostrando a bunda mais civilizada possível.

[old]

Creo que Patricia se ha pasado un poco. Hace decadas que en Europa Occidental no se discrimina a la mujer. Eso no existe. Otro tema es que no tenga la documentacion necesaria y logicamente le pase lo que le pasó.

No se de que se queja.

En fin, un saludo.