#1148
Mensagem
por FCarvalho » Sáb Abr 22, 2017 8:00 pm
A saber, O ROB que definiu a VBMT-LR foi definido levando em consideração a experiência, e as limitações da realidade operacional impota na Minustah, que todos sabemos foi um conflito de baixa intensidade e menos complexo do ponto de vista das operações militares, já que a maior ameça armada seriam os fuzis de calibre 5,56mm e 7,62mm das várias guangues ainda atuantes naquele país caribenho. Nada que a força policial haitiana, adestrada, treinada, armada e equipada pela ONU não possa dar conta de agora em diante, a fim de assegurar os direitos civis e a normalidade democrática institucional.
Resta saber se EB e/ou CFN irão, tendo em vista as novas complexidades dos cenários que podem ser enfrentados na Africa, e talvez na UNIFIL, ter a responsabilidade, a honestidade e o equilíbrio necessários para a revisão do mesmo, em vista de adaptar tanto o Guara 4WS quanto o Gladiador II para atuar com qualidade e desempenho e segurança adequados para suas tripulações relativos aqueles cenários em voga.
Em tempo, o EB deve saber muito bem que as missões da Africa apontadas são via de regra de imposição da paz. E a julgar pelas reincidentes notícias vinda daqueles países atingidos por conflitos internos sectários, a manutenção da paz não será alcançada sem antes haver muita luta e muita, seguidas de negociações e melhoria da vida da população nativa. Estes dois últimos itens somos reconhecidos internacionalmente pela nossa capacidade e desempenho. Mas no caso da parte de imposição da paz, ainda temos que provar até onde estamos realimente dispostos a também demonstrar que além da mão amiga, o EB também tem braços fortes para utilizar sempre e quando necessários.
Por fim, é bom aproveitar tais oportunidades. Como ressaltei anteriormente, seria muito mais útil, propício, e porque não dizer econômico, para nós enviarmos pelotões reforçados, ou no máximo companhias mistas entre EB/CFN para todas as missões apontadas. E na medida da evolução do quadro tático geral de cada caso específico, estudar o envio de mais tropas, que poderiam ser mandada de acordo com nossos interesses e necessidades, em atenção as solicitações da ONU.
Em uma simples conta, e me corrijam por favor se estiver errado, um pel de fronteira na Amazônia costuma ter entre 60 e 70 homens. Os Binfa da FAB geralmente possuem 35 e 40 homens em seus pel inf aer, enquanto um pel de fuznvs dispõe em média de 50 a 60 infantes. Por baixo, juntando os três podemos enviar undes mistas com cerca de 145 a 170 homens. É uma estrutura leve, moderna e flexível no sentido de poder atender a diversas necessidades em campo e de suprimentos as próprias operações. Várias especialidades podem ser agregadas a tais undes leves móveis. E melhor, não vamos ficar servindo de bucha de canhão para ninguém em TO's cuja intervenção da ONU costuma respaldar apenas o intervencionismo europeu, russo, chines e/ou americano pelo mundo, e obviamente, seus interesses particulares.
Um adendo. Além das missões já conhecidas ainda faltou colocar as missões no Sudão e no Sudão do Sul que a meu ver são as mais complicadas de se lidar. Principalmente pelo fator desordem institucional e ajuda humanitária. Principalmente neste último, o investimento em uma missão da envergadura da Minustah de nossa parte com certeza traria muito mais benefícios aquela ação da ONU do que simplesmente mandar uns poucos gatos pingados fazer 'selfie' em outros lugares cuja nossa presença pouco ou nada ajudaria a mudar concretamente a realidade dos conflitos daqueles países.
A saber missões ONU na Africa: Saara Ocidental, Mali, República Centro Africana, Congo, Sudão e Sudão do Sul.
Oriente Médio: Líbano
Existem várias outras na Africa, Europa e Oriente Médio que contam o a participação de observadores militares nossos, e que também na medida dos nossos interesses poderiam ser aquinhoadas com mais tropas.
Dá para perceber que ao invés de gastar os tubos com uma OM do tamanho de um btl reforçado, não raro com mais de mil homens envolvidos, a dispersão e adequação de meios humanos e materiais pelas várias missões poderiam nos proporcionar a mesma efetividade em termos quantitativos e operacionais, tendo em vista a atuação em vários continentes e ambientes diferenciados. Os ganhos em experiência e na manutenção e renovação de materiais e equipamentos modernos individuais e coletivos para estas tropas seriam incomensuráveis para as ffaa's.
Se cada um destes pel e/ou cia's puder ser aquinhoada com pelo um esquadrão de VBMT-LR nacionais, já poderíamos ao menos justificar do ponto de vista comercial e industrial o investimento.
A ver.
abs.
Um mal é um mal. Menor, maior, médio, tanto faz… As proporções são convencionadas e as fronteiras, imprecisas. Não sou um santo eremita e não pratiquei apenas o bem ao longo de minha vida. Mas, se me couber escolher entre dois males, prefiro abster-me por completo da escolha.
A. Sapkowski