Viatura Blindada Multitarefa - VBMT GUAICURUS

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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Re: VIATURA BLINDADA DE RECONHECIMENTO LEVE DE RODAS VBR – LR

#1141 Mensagem por FCarvalho » Sex Abr 21, 2017 2:55 pm

há tá... :lol: ... segue aí o que sei.

Agora, eu acho que a proteção delas, básicas, como explicitada no ROB, não é lá muito melhor do que um baú de transporte de valores. Mas claro, podem aguentar IED e adicionar blindagens. Se algum dia viermos a ter essas coisas, claro. :roll:

ps I: não tenho certeza, mas pelo pouco publicado sobre o veículo da INBRA ele custaria, ou pretende-se que custe, em torno de US 750 mil, enquanto o bldo da Avibrás não sairia por menos de US 1 milhão.

ps II: Com o fim da Minustah, pode ser que estes veículos tenham enfim uma chance de serem testados de verdade, e oficialmente, pelas ffaa's, posto que seriam disponibilizadas tropas- e recursos - para a tão esperada e afamada missão no Líbano, a UNIFIL; parece que o CFN andou botando a mão do Guará 4WS informalmente. O veículo da INBRA se o pessoal não se mexer, vai ficar para a titia. O que não seria nenhuma surpresa afinal. :?
FCarvalho escreveu:
Reginaldo Bacchi escreveu: Carvalho, gostaria que você me respondesse a duas perguntas;
1- estes veículos satisfazem os ROB do veiculo blindado leve 4X4?
Bacchi, tanto o Guará 4WS como o Gladiador II foram projetados tendo por referência o ROB do exército que gerou o projeto do VBMT-LR. São projetos posteriores a edição daquele documento. O veículo da Avibrás foi apresentado ano passado na LAAD Security 2016, enquanto o veículo da INBRA veio a luz ainda na LAAD 2015. Como sabemos, por este tempo o LMV já havia sido escolhido pelo EB para sua viatura leve.
2- o EB testou estes veículos?
Ao que se sabe ainda não. Nenhum deles foi testado. Não ao menos oficialmente. O que sei, é de um vídeo disponível na internet que mostra, aparentemente, o Guará 4WS sendo testado por pessoal do CFN. Não sei dizer onde ou quando.
Quanto ao Gladiador II, me parece que o veículo ainda não tem protótipo para testes, embora o veículo mostrado na LAAD 2015 e agora na feira de 2017 pareça ser mais que um mock up. Conversando com o Paulo Bastos a respeito, se bem me lembro, ele chegou a dizer que era verdadeiro, mas ainda incompleto. A INBRA conta com financiamento da FINEP para desenvolver o projeto.
Obrigado
Bacchi
abs.
abs.




Um mal é um mal. Menor, maior, médio, tanto faz… As proporções são convencionadas e as fronteiras, imprecisas. Não sou um santo eremita e não pratiquei apenas o bem ao longo de minha vida. Mas, se me couber escolher entre dois males, prefiro abster-me por completo da escolha.
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Re: VIATURA BLINDADA DE RECONHECIMENTO LEVE DE RODAS VBR – LR

#1142 Mensagem por Reginaldo Bacchi » Sex Abr 21, 2017 4:53 pm

Como FCarvalho não tem nenhuma experiência em lidar com ROBs e especificações de produtos militares, o mesmo não entendeu o que eu estava querendo saber, e minha pergunta virou item de gozação para o mesmo e para Tulio.

Tudo começou com minha experiencia como gerente do programa (até a aprovação pelo EB) do míssil guiado anti carro MSS1.2.

Para a definição técnica do produto tínhamos o OBO (nome antigo atual ROB) nº 36/86, com um total de 40 itens.

Afim de confirmar com o EB o que estávamos oferecendo preparei um estudo em que de um lado escrevi o que o OBO exigia e do outro lado o que estávamos oferecendo. Exemplos:


Exigido pelo Item Absoluto 2: Possibilitar que o guiamento do míssil seja efetuado, no mínimo, de modo semi automático, através de comando de linha de visada direto ao alvo.

Oferecido pela ENGESA a este item: Sim. Guiagem semi automática, por comando por linha de visada de feixe de raios laser.


Exigido pelo item Absoluto 4: Possuir características mínimas de rusticidade para seu emprego operacional no TO sul-americano

Oferecido pela ENGESA a este item: Sim. Missil será embalado no seu tubo lançador, selado a prova de agua e poeira. Unidade de tiro e míssil projetados e construídos para utilização em quaisquer condições ambientais e de operação. São projetados levando em consideração as normas MIL-S-901C (choque) e MIL-STD 167B (ver A.5)


Exigido pelo item Absoluto 5: Ser operado e manutenido sob quaisquer condições climáticas do continente sul-americano

Oferecido pela ENGESA a este item: Sim. Será projetado para as seguintes condições ambientais:
• temperatura de -20 graus centigrados até +50 graus centigrados
• radiação solar
• umidade relativa até 95%


E assim para todos os 40 itens.


Que a INBRAFILTRO e AVIBRAS tenham procurado satisfazer os Requisitos Operacionais Básicos da Viatura Blindada Multitarefa Leve de Rodas, VBMT-LR (EB20-ROB-04.002), 1ª Edição, 2013, me parece logico, mas, gostaria de saber se apresentaram ao EB a maneira como seriam satisfeitos os vários itens?

Ou seja, o EB tomou conhecimento do que seria tecnicamente o veiculo da INBRAFILTRO e o da AVIBRAS?

É isto que eu gostaria de saber e não aquele grotesco “...e o Bacchi queria saber se o Guara 4WS e o Gladiador II aguentavam o tranco daquele mesmo ROB... ...”.

Não sou idiota para fazer esta pergunta!!!

Bacchi




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Re: VIATURA BLINDADA DE RECONHECIMENTO LEVE DE RODAS VBR – LR

#1143 Mensagem por Túlio » Sex Abr 21, 2017 5:47 pm

Reginaldo Bacchi escreveu:Como FCarvalho não tem nenhuma experiência em lidar com ROBs e especificações de produtos militares, o mesmo não entendeu o que eu estava querendo saber, e minha pergunta virou item de gozação para o mesmo e para Tulio.

Tudo começou com minha experiencia como gerente do programa (até a aprovação pelo EB) do míssil guiado anti carro MSS1.2.

Para a definição técnica do produto tínhamos o OBO (nome antigo atual ROB) nº 36/86, com um total de 40 itens.

Afim de confirmar com o EB o que estávamos oferecendo preparei um estudo em que de um lado escrevi o que o OBO exigia e do outro lado o que estávamos oferecendo. Exemplos:


Exigido pelo Item Absoluto 2: Possibilitar que o guiamento do míssil seja efetuado, no mínimo, de modo semi automático, através de comando de linha de visada direto ao alvo.

Oferecido pela ENGESA a este item: Sim. Guiagem semi automática, por comando por linha de visada de feixe de raios laser.


Exigido pelo item Absoluto 4: Possuir características mínimas de rusticidade para seu emprego operacional no TO sul-americano

Oferecido pela ENGESA a este item: Sim. Missil será embalado no seu tubo lançador, selado a prova de agua e poeira. Unidade de tiro e míssil projetados e construídos para utilização em quaisquer condições ambientais e de operação. São projetados levando em consideração as normas MIL-S-901C (choque) e MIL-STD 167B (ver A.5)


Exigido pelo item Absoluto 5: Ser operado e manutenido sob quaisquer condições climáticas do continente sul-americano

Oferecido pela ENGESA a este item: Sim. Será projetado para as seguintes condições ambientais:
• temperatura de -20 graus centigrados até +50 graus centigrados
• radiação solar
• umidade relativa até 95%


E assim para todos os 40 itens.


Que a INBRAFILTRO e AVIBRAS tenham procurado satisfazer os Requisitos Operacionais Básicos da Viatura Blindada Multitarefa Leve de Rodas, VBMT-LR (EB20-ROB-04.002), 1ª Edição, 2013, me parece logico, mas, gostaria de saber se apresentaram ao EB a maneira como seriam satisfeitos os vários itens?

Ou seja, o EB tomou conhecimento do que seria tecnicamente o veiculo da INBRAFILTRO e o da AVIBRAS?

É isto que eu gostaria de saber e não aquele grotesco “...e o Bacchi queria saber se o Guara 4WS e o Gladiador II aguentavam o tranco daquele mesmo ROB... ...”.

Não sou idiota para fazer esta pergunta!!!

Bacchi

Mestre Bacchi, eu estava longe de brincar contigo: minha última intervenção referente à VBMT-LR foi referente à modernidade dos próprios ROB. Por acaso estava lendo há pouco mais de uma hora matéria que publiquei em 2013 no Portal Defesa (quando ainda possuía 50% do Site) especificando cada um deles, item por item.

Notar, p ex, a proteção blindada: é exigido o nível III STANAG 4569 (item 2.1.20, peso 9) nos Requisitos Absolutos. Aqui um exemplo perfeito: até as POLÍCIAS MILITARES do Brasil já pedem nível acima do III (correspondente ao 7,62 x 51 Pf ou, alternativamente, ao 7,62 x 54R Pf), ou seja, não chegam a exigir nível IV (14,5 x 114 Pf) mas algum meio termo, que baste para suportar em todo o habitáculo disparos de Mun 12,7 x 99 (.50 M2) Pf, cada vez mais frequente até em nossas ruas, quanto mais em um TO Militar.

Não é irônico que o BOPE peça, para uso no RJ, uma VTR mais resistente que o próprio EB (que parece que vai para o Congo e não para o Líbano, como costuma ser dito) julga necessária para seu uso?

Lamento, mas não posso deixar de notar (ou recordar de ter notado) discrepâncias assim. Cheguei a reler para ter certeza de que tinha entendido direito:

http://portaldefesa.com/3174-upgrade-re ... a-vbmt-lr/

Quem (re)ler vai notar várias outras, por exemplo no peso, dimensões e principalmente nas características elencadas como desejáveis. Não vou me estender porque realmente começo a achar que estou causando incômodo, o que não é minha intenção.




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Re: VIATURA BLINDADA DE RECONHECIMENTO LEVE DE RODAS VBR – LR

#1144 Mensagem por FCarvalho » Sex Abr 21, 2017 10:30 pm

Reginaldo Bacchi escreveu:Que a INBRAFILTRO e AVIBRAS tenham procurado satisfazer os Requisitos Operacionais Básicos da Viatura Blindada Multitarefa Leve de Rodas, VBMT-LR (EB20-ROB-04.002), 1ª Edição, 2013, me parece logico, mas, gostaria de saber se apresentaram ao EB a maneira como seriam satisfeitos os vários itens?
Ou seja, o EB tomou conhecimento do que seria tecnicamente o veiculo da INBRAFILTRO e o da AVIBRAS?
É isto que eu gostaria de saber e não aquele grotesco “...e o Bacchi queria saber se o Guara 4WS e o Gladiador II aguentavam o tranco daquele mesmo ROB... ...”.
Não sou idiota para fazer esta pergunta!!!
Bacchi
Bacchi, antes de mais nada, jamais foi minha intenção, e creio eu também a do Túlio, tornar a sua pessoa, ou qualquer pergunta sua feita neste tópico sobre o VBMT-LR, motivo de chacota ou gozação.
Isso simplesmente não faz, e nunca fez, parte da educação que recebi e muito menos no trato que tenho ao longo destes quase 14 anos que participo do Fórum Defesa Brasil com qualquer de seus membros. Lamento muito se o que disse, da maneira como disse, lhe ofendeu em algo. Repito, esta jamais foi minha intenção. Assim, peço desculpas pelo mal entendido e pela indelicadeza e rudez das palavras mal colocadas.

Quanto a suas pergunta, se me permite, como expus no outro post em resposta a si, de público nem o EB ou o CFN testaram oficialmente os veículos citos até o presente momento. Portanto, nenhuma das duas instituições tem conhecimento "do que seria tecnicamente o veiculo da INBRAFILTRO e o da AVIBRAS"

Minha opinião: existe a possibilidade de que este ano, ou no ano que vem, tanto o Gladiador II como o Guará 4WS venham a ser testados e homologados pelas ffaa's em testes reais em seus campos de prova. O Guara´4WS me parece levar certa vantagem por se tratar de um veículo pronto, inclusive para ser testado e homologado, visto que a Avibrás já vinha trabalhando no seu projeto há pelo menos 2 anos. Já o Gladiador II da INBRA, apesar de ter sido mostrado ainda na LAAD'2015, aparentemente não muita coisa mudou desde então no projeto. Não pelo menos em relação ao veículo em si, reapresentado que foi este ano na LAAD'2017.

Será preciso aguardar para ver quando EB e CFN irão testar ambos os veículos e, em sendo aprovados, se haverá encomendas, ou não.

No mais, a minha dúvida inicial permanece. Se ambos os bldos sendo testados, aprovados e homologados durante este biênio de 2017/2018, ainda assim se justificaria a aquisição de bldos da mesma categoria importados, no caso o Iveco LMV, quando já disporemos aqui mesmo oferecidos pela industria nacional veículos que atendam plenamente o ROB da VBMT-LR?

abs.




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Re: VIATURA BLINDADA DE RECONHECIMENTO LEVE DE RODAS VBR – LR

#1145 Mensagem por Tikuna » Sex Abr 21, 2017 10:35 pm

Reginaldo Bacchi escreveu: Exigido pelo item Absoluto 5: Ser operado e manutenido sob quaisquer condições climáticas do continente sul-americano

Oferecido pela ENGESA a este item: Sim. Será projetado para as seguintes condições ambientais:
• temperatura de -20 graus centigrados até +50 graus centigrados
• radiação solar
• umidade relativa até 95%
Uma pergunta para quem entende do assunto:

A resposta ai não deveria se Não? já que não opera com umidade acima de 95%?

Abraços




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Re: VIATURA BLINDADA DE RECONHECIMENTO LEVE DE RODAS VBR – LR

#1146 Mensagem por Bolovo » Sáb Abr 22, 2017 2:25 am

Túlio escreveu:...
Túlio, depois te respondo no tópico do Guarani, blz?! :D




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Re: VIATURA BLINDADA DE RECONHECIMENTO LEVE DE RODAS VBR – LR

#1147 Mensagem por Túlio » Sáb Abr 22, 2017 9:32 am

Bolovo escreveu:
Túlio escreveu:...
Túlio, depois te respondo no tópico do Guarani, blz?! :D

No aguardo. :twisted: :twisted: :twisted: :twisted:




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Re: VIATURA BLINDADA DE RECONHECIMENTO LEVE DE RODAS VBR – LR

#1148 Mensagem por FCarvalho » Sáb Abr 22, 2017 8:00 pm

A saber, O ROB que definiu a VBMT-LR foi definido levando em consideração a experiência, e as limitações da realidade operacional impota na Minustah, que todos sabemos foi um conflito de baixa intensidade e menos complexo do ponto de vista das operações militares, já que a maior ameça armada seriam os fuzis de calibre 5,56mm e 7,62mm das várias guangues ainda atuantes naquele país caribenho. Nada que a força policial haitiana, adestrada, treinada, armada e equipada pela ONU não possa dar conta de agora em diante, a fim de assegurar os direitos civis e a normalidade democrática institucional.

Resta saber se EB e/ou CFN irão, tendo em vista as novas complexidades dos cenários que podem ser enfrentados na Africa, e talvez na UNIFIL, ter a responsabilidade, a honestidade e o equilíbrio necessários para a revisão do mesmo, em vista de adaptar tanto o Guara 4WS quanto o Gladiador II para atuar com qualidade e desempenho e segurança adequados para suas tripulações relativos aqueles cenários em voga.

Em tempo, o EB deve saber muito bem que as missões da Africa apontadas são via de regra de imposição da paz. E a julgar pelas reincidentes notícias vinda daqueles países atingidos por conflitos internos sectários, a manutenção da paz não será alcançada sem antes haver muita luta e muita, seguidas de negociações e melhoria da vida da população nativa. Estes dois últimos itens somos reconhecidos internacionalmente pela nossa capacidade e desempenho. Mas no caso da parte de imposição da paz, ainda temos que provar até onde estamos realimente dispostos a também demonstrar que além da mão amiga, o EB também tem braços fortes para utilizar sempre e quando necessários.

Por fim, é bom aproveitar tais oportunidades. Como ressaltei anteriormente, seria muito mais útil, propício, e porque não dizer econômico, para nós enviarmos pelotões reforçados, ou no máximo companhias mistas entre EB/CFN para todas as missões apontadas. E na medida da evolução do quadro tático geral de cada caso específico, estudar o envio de mais tropas, que poderiam ser mandada de acordo com nossos interesses e necessidades, em atenção as solicitações da ONU.

Em uma simples conta, e me corrijam por favor se estiver errado, um pel de fronteira na Amazônia costuma ter entre 60 e 70 homens. Os Binfa da FAB geralmente possuem 35 e 40 homens em seus pel inf aer, enquanto um pel de fuznvs dispõe em média de 50 a 60 infantes. Por baixo, juntando os três podemos enviar undes mistas com cerca de 145 a 170 homens. É uma estrutura leve, moderna e flexível no sentido de poder atender a diversas necessidades em campo e de suprimentos as próprias operações. Várias especialidades podem ser agregadas a tais undes leves móveis. E melhor, não vamos ficar servindo de bucha de canhão para ninguém em TO's cuja intervenção da ONU costuma respaldar apenas o intervencionismo europeu, russo, chines e/ou americano pelo mundo, e obviamente, seus interesses particulares.

Um adendo. Além das missões já conhecidas ainda faltou colocar as missões no Sudão e no Sudão do Sul que a meu ver são as mais complicadas de se lidar. Principalmente pelo fator desordem institucional e ajuda humanitária. Principalmente neste último, o investimento em uma missão da envergadura da Minustah de nossa parte com certeza traria muito mais benefícios aquela ação da ONU do que simplesmente mandar uns poucos gatos pingados fazer 'selfie' em outros lugares cuja nossa presença pouco ou nada ajudaria a mudar concretamente a realidade dos conflitos daqueles países.

A saber missões ONU na Africa: Saara Ocidental, Mali, República Centro Africana, Congo, Sudão e Sudão do Sul.
Oriente Médio: Líbano

Existem várias outras na Africa, Europa e Oriente Médio que contam o a participação de observadores militares nossos, e que também na medida dos nossos interesses poderiam ser aquinhoadas com mais tropas.

Dá para perceber que ao invés de gastar os tubos com uma OM do tamanho de um btl reforçado, não raro com mais de mil homens envolvidos, a dispersão e adequação de meios humanos e materiais pelas várias missões poderiam nos proporcionar a mesma efetividade em termos quantitativos e operacionais, tendo em vista a atuação em vários continentes e ambientes diferenciados. Os ganhos em experiência e na manutenção e renovação de materiais e equipamentos modernos individuais e coletivos para estas tropas seriam incomensuráveis para as ffaa's.

Se cada um destes pel e/ou cia's puder ser aquinhoada com pelo um esquadrão de VBMT-LR nacionais, já poderíamos ao menos justificar do ponto de vista comercial e industrial o investimento.

A ver.

abs.




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Re: VIATURA BLINDADA DE RECONHECIMENTO LEVE DE RODAS VBR – LR

#1149 Mensagem por Túlio » Sáb Abr 22, 2017 10:39 pm

FCarvalho escreveu:A saber, O ROB que definiu a VBMT-LR foi definido levando em consideração a experiência, e as limitações da realidade operacional impota na Minustah, que todos sabemos foi um conflito de baixa intensidade e menos complexo do ponto de vista das operações militares, já que a maior ameça armada seriam os fuzis de calibre 5,56mm e 7,62mm das várias guangues ainda atuantes naquele país caribenho. Nada que a força policial haitiana, adestrada, treinada, armada e equipada pela ONU não possa dar conta de agora em diante, a fim de assegurar os direitos civis e a normalidade democrática institucional.

Resta saber se EB e/ou CFN irão, tendo em vista as novas complexidades dos cenários que podem ser enfrentados na Africa, e talvez na UNIFIL, ter a responsabilidade, a honestidade e o equilíbrio necessários para a revisão do mesmo, em vista de adaptar tanto o Guara 4WS quanto o Gladiador II para atuar com qualidade e desempenho e segurança adequados para suas tripulações relativos aqueles cenários em voga.

Em tempo, o EB deve saber muito bem que as missões da Africa apontadas são via de regra de imposição da paz. E a julgar pelas reincidentes notícias vinda daqueles países atingidos por conflitos internos sectários, a manutenção da paz não será alcançada sem antes haver muita luta e muita, seguidas de negociações e melhoria da vida da população nativa. Estes dois últimos itens somos reconhecidos internacionalmente pela nossa capacidade e desempenho. Mas no caso da parte de imposição da paz, ainda temos que provar até onde estamos realimente dispostos a também demonstrar que além da mão amiga, o EB também tem braços fortes para utilizar sempre e quando necessários.

Por fim, é bom aproveitar tais oportunidades. Como ressaltei anteriormente, seria muito mais útil, propício, e porque não dizer econômico, para nós enviarmos pelotões reforçados, ou no máximo companhias mistas entre EB/CFN para todas as missões apontadas. E na medida da evolução do quadro tático geral de cada caso específico, estudar o envio de mais tropas, que poderiam ser mandada de acordo com nossos interesses e necessidades, em atenção as solicitações da ONU.

Em uma simples conta, e me corrijam por favor se estiver errado, um pel de fronteira na Amazônia costuma ter entre 60 e 70 homens. Os Binfa da FAB geralmente possuem 35 e 40 homens em seus pel inf aer, enquanto um pel de fuznvs dispõe em média de 50 a 60 infantes. Por baixo, juntando os três podemos enviar undes mistas com cerca de 145 a 170 homens. É uma estrutura leve, moderna e flexível no sentido de poder atender a diversas necessidades em campo e de suprimentos as próprias operações. Várias especialidades podem ser agregadas a tais undes leves móveis. E melhor, não vamos ficar servindo de bucha de canhão para ninguém em TO's cuja intervenção da ONU costuma respaldar apenas o intervencionismo europeu, russo, chines e/ou americano pelo mundo, e obviamente, seus interesses particulares.

Um adendo. Além das missões já conhecidas ainda faltou colocar as missões no Sudão e no Sudão do Sul que a meu ver são as mais complicadas de se lidar. Principalmente pelo fator desordem institucional e ajuda humanitária. Principalmente neste último, o investimento em uma missão da envergadura da Minustah de nossa parte com certeza traria muito mais benefícios aquela ação da ONU do que simplesmente mandar uns poucos gatos pingados fazer 'selfie' em outros lugares cuja nossa presença pouco ou nada ajudaria a mudar concretamente a realidade dos conflitos daqueles países.

A saber missões ONU na Africa: Saara Ocidental, Mali, República Centro Africana, Congo, Sudão e Sudão do Sul.
Oriente Médio: Líbano

Existem várias outras na Africa, Europa e Oriente Médio que contam o a participação de observadores militares nossos, e que também na medida dos nossos interesses poderiam ser aquinhoadas com mais tropas.

Dá para perceber que ao invés de gastar os tubos com uma OM do tamanho de um btl reforçado, não raro com mais de mil homens envolvidos, a dispersão e adequação de meios humanos e materiais pelas várias missões poderiam nos proporcionar a mesma efetividade em termos quantitativos e operacionais, tendo em vista a atuação em vários continentes e ambientes diferenciados. Os ganhos em experiência e na manutenção e renovação de materiais e equipamentos modernos individuais e coletivos para estas tropas seriam incomensuráveis para as ffaa's.

Se cada um destes pel e/ou cia's puder ser aquinhoada com pelo um esquadrão de VBMT-LR nacionais, já poderíamos ao menos justificar do ponto de vista comercial e industrial o investimento.

A ver.

abs.

EXCELENTE, cupincha véio!!!

Nem eu sabia dessa do Sudão, ou melhor, não sabia que tinha Missão ao nosso alcance.

Quotei na íntegra porque, se não leram no teu post, vão ler no meu. E é preciso ler porque, como diz o Lima véio, "DEBATER É PRECISO"!

Como debater sem ler? :wink: 8-]




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Re: VIATURA BLINDADA DE RECONHECIMENTO LEVE DE RODAS VBR – LR

#1150 Mensagem por FCarvalho » Dom Abr 23, 2017 3:35 pm

[009]

abs.




Um mal é um mal. Menor, maior, médio, tanto faz… As proporções são convencionadas e as fronteiras, imprecisas. Não sou um santo eremita e não pratiquei apenas o bem ao longo de minha vida. Mas, se me couber escolher entre dois males, prefiro abster-me por completo da escolha.
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Re: VIATURA BLINDADA DE RECONHECIMENTO LEVE DE RODAS VBR – LR

#1151 Mensagem por gabriel219 » Qui Abr 27, 2017 12:15 pm

O mais provável é irmos para alguma missão na África, até pela experiência no Congo.




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Re: VIATURA BLINDADA DE RECONHECIMENTO LEVE DE RODAS VBR – LR

#1152 Mensagem por Bolovo » Qui Abr 27, 2017 12:26 pm

EU SEI QUE NÃO É O TÓPICO ADEQUADO, mas aparenta ser um sinal do que vocês estão falando nas ultimas páginas...

http://www.youtube.com/watch?v=kKkXJglPZJM
http://www.youtube.com/watch?v=4Eh11oZ1_aQ
http://www.youtube.com/watch?v=5D6A2FuGp9g




"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
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Re: VIATURA BLINDADA DE RECONHECIMENTO LEVE DE RODAS VBR – LR

#1153 Mensagem por Black Shaheen » Qui Abr 27, 2017 4:50 pm

Alguem sabe se o EB já assinou o contrato de aquisição das 32 viaturas LMV com a Iveco?

Obrigado




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Re: VIATURA BLINDADA DE RECONHECIMENTO LEVE DE RODAS VBR – LR

#1154 Mensagem por FCarvalho » Sex Abr 28, 2017 10:37 am

Black Shaheen escreveu:Alguem sabe se o EB já assinou o contrato de aquisição das 32 viaturas LMV com a Iveco?
Obrigado
Não existe previsão no curto prazo para esse contrato. Não há verba. Mas podem haver novidades até o final do ano dependendo das tratativas para a próxima missão da ONU.

abs.




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Re: VIATURA BLINDADA DE RECONHECIMENTO LEVE DE RODAS VBR – LR

#1155 Mensagem por Reginaldo Bacchi » Sex Abr 28, 2017 10:48 am

E pensar que estes 32 veículos eram necessidade urgente, urgentíssima, há pelo menos 3 anos atrás!!!

Era tão urgente que seriam comprados prontos, sem nenhum componente brasileiro!!

Bacchi




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